quinta-feira, 30 de junho de 2011

ARTETERAPIA - MATERIALIDADE DAS IMAGENS

ARTETERAPIA: 

Um encontro com a materialidade das imagens e dos objetos na prática clínica.


Santina Rodrigues 





















Assistimos desde o século XX a um grande acúmulo de conhecimento físico e tecnológico. 

Apesar dos bons frutos desse desenvolvimento científico, percebemos em paralelo uma fragmentação e um isolamento cada vez mais fortes do ser humano na relação consigo mesmo e com o mundo em que se encontra inserido.  

Como contribuir para a integração de partes da personalidade que normalmente são excluídas ao longo do processo cultural e educacional, de modo a resgatar aspectos fragmentados do psiquismo no sujeito contemporâneo?

Sabemos que a arte tem grande valor terapêutico, e a arteterapia, por sua vez, é uma disciplina baseada na concepção fundamental de que todo indivíduo tem uma capacidade inata para expressar seus conflitos interiores em formas e imagens visuais, auditivas, táteis, e poéticas, entre outras. 

Trata-se de uma modalidade de psicoterapia com recursos expressivos que estimula diferentes possibilidades de expressão ao longo do processo terapêutico para que o paciente possa estabelecer uma ponte entre seu mundo interno (subjetivo) e o mundo que o rodeia (objetivo). Isso porque a linguagem poética e expressiva permite ao indivíduo redescobrir a si-mesmo, e com tal descoberta, renovar-se na relação com o mundo.

O arteterapeuta pode trabalhar com diversos materiais das artes plásticas como por exemplo, papel, lápis, tintas, argila, carvão, e oferecer conhecimentos técnicos básicos para que o paciente possa lidar com esses materiais. 

Não é exigido do paciente talento artístico, pois o objetivo não é ensinar artes, no sentido usual, tampouco é emitido qualquer juízo crítico ou avaliação estética dos trabalhos criados pelo paciente. Qualquer pessoa pode tirar proveito desse processo: crianças, adolescentes, adultos, idosos, doentes mentais, dependentes químicos ou deficientes. 

Todos podem se beneficiar da possibilidade de se expressar de um modo livre, natural e intuitivo, exercendo o potencial humano da criatividade.

O paciente é levado pelo arteterapeuta a se soltar da maneira mais espontânea possível, rabiscando, colorindo, desenhando, modelando, enfim, criando imagens, poesia, música, de acordo com seus próprios recursos pessoais. Será por meio dessas atividades que poderá expressar seus sentimentos, pensamentos, emoções, atitudes, descobrindo aspectos seus que antes não estavam claros, reconhecendo-se no que saiu de si, e na materialidade dos elementos concretos colocados à sua disposição.
 
A arteterapia contribui, também, para a expressão verbal na psicoterapia. Comumente, o discurso dos pacientes no início do processo terapêutico encontra-se bloqueado para se referir às suas sensações, sentimentos, idéias e fantasias. Pelo uso da expressão criativa, o paciente começa a desenvolver a verbalização ao perceber o conteúdo afetivo associado às produções realizadas nas sessões terapêuticas. E desse modo, ao representar em imagens suas experiências subjetivas, seu discurso frequentemente se torna mais fluído, já que ele pode se expressar verbalmente com mais consciência sobre seu mundo psíquico.

A atividade expressiva, aliada ao trabalho de compreensão intelectual e emocional, facilita o encontro com as várias facetas da personalidade como um todo. Ao dar livre curso às imagens internas, o ser humano, ao mesmo tempo que as modela, transforma a si mesmo e ao mundo. (Texto baseado no livro "A arte cura?", 1995. Organizadora: Maria Margarida Carvalho).

            Nos vários textos dedicados por C.G. Jung ao tema "Psicoterapia", especialmente no volume 16 das obras completas, o autor ressalta a importância de deixar o paciente a sós, por assim dizer, com seu inconsciente, a fim de evitar uma intensificação da dependência em relação ao psicoterapeuta.

Para tanto, Jung enfatiza que o paciente deve ser estimulado a alcançar uma certa autonomia para lidar com as imagens do próprio inconsciente. Por isso a psicoterapia é proposta como um campo de experimentação, em que o paciente deve adotar uma postura ética frente às imagens do inconsciente, estabelecendo com elas um diálogo simétrico, de base fenomenológica, que se preocupa mais em perguntar "o que isso quer comigo" do que "o que isso quer dizer?". 

Desse modo Jung propunha a expressão simbólica e o envolvimento ativo com a psique, inclusive sugerindo a seus pacientes que desenhassem, pintassem ou modelassem seus sonhos e outras fantasias. Nesse paradigma clínico, evidencia-se uma tentativa de des-centralizar o ego e promover uma experiência menos racional no contato com as figuras do inconsciente.

Quanto ao método psicoterapêutico da psicologia analítica, Jung retomou o sentido original do termo "dialética" para propor um "diálogo ou discussão entre duas pessoas, que ocupam posições simétricas no setting", sendo que dessa relação pode surgir um terceiro, ou síntese, que seria algo novo e diferente do que apenas a soma das partes. Desse modo, pode-se dizer que a psicoterapia junguiana se dá como "uma interação de sistemas psíquicos", modulada por múltiplas relações transferenciais e contratransferenciais.

Em relação ao terapeuta, Jung enfatiza uma postura especulativa, não-conceitual e não-interpretativa, pois supõe que o método diz respeito a um "confronto de averiguações mútuas", em que o terapeuta deve colocar em suspenso suas atribuições intelectuais e ativar, por assim dizer, o arquétipo curador no paciente. Por isso, a psicoterapia é sustentada numa perspectiva que leve o paciente a experienciar seus afetos e emoções, mais do que a nomeá-los ou interpretá-los racionalmente.

O terapeuta, então, se coloca numa postura de facilitador ou guia, que acompanha as sementes ou "germes criativos" da psique do paciente, ajudando-os a se desenvolverem, em oposição a uma postura médica tecnicista que visa apenas tratar e curar doenças. 

A própria noção de cura e doença é particular em sua psicologia, pois Jung vê na patologia uma tentativa inconsciente da psique se restabelecer, visto sua concepção teleológica ou finalista, que considera que o self tende a compensar ou complementar a atitude unilateral do ego.

Em seu livro de memórias, Jung (1963/1975) dedica um capítulo ao que chamou de "Confronto com o Inconsciente", onde narra algumas experiências vividas no período subseqüente à dissidência do movimento psicanalítico. 

Dentre essas experiências é digna de nota a descrição da "Imaginação Ativa", uma técnica que permitia a ativação de um jogo no campo da fantasia para que se desse um diálogo imaginativo com as figuras de seu inconsciente.
Jung reconhecia, com a técnica da imaginação ativa, que a abordagem às figuras da fantasia inconsciente devia ser orientada menos por seu significado conceitual e mais por seu aspecto relacional. 

Isto porque tais figuras imaginais não deveriam ser tomadas como representações de aspectos subjetivos da personalidade egóica, e sim como manifestações objetivas da psique inconsciente. A partir dessas experiências, ele adotou uma perspectiva fenomenológica em relação aos sonhos e a toda e qualquer produção inconsciente, afirmando que tais imagens não escondem, mas revelam, não representam, mas apresentam-se como alteridades à consciência. 

Possivelmente, nenhuma outra clínica psicoterapêutica lance mão (literalmente) de tantos e tão diversificados recursos expressivos quanto a clínica junguiana. 

O que pode ser entendido como reflexo dessas considerações iniciais do período de auto-análise de Jung, estabelecidas por sua vez a partir de sua necessidade de dar às fantasias inconscientes uma expressão concreta por meio de pinturas e da modelagem (atualmente, este material pode ser consultado no Livro Vermelho, JUNG, 2010). 

Também por esta razão, poucas teorias se prestam tão adequada e profundamente a fundamentar a prática arteterapeutica quanto a psicologia analítica.

Santina Rodrigues 
Professora do IJEP

Fonte:
INSITUTO JUNGUIANO  DE ENSINO E PESQUISA
Santina Rodrigues (santinarodrigues@terra.com.br)
http://www.ijep.com.br/index.php?sec=artigos&id=89&ref=arteterapia-um-encontro-com-a-materialidade-das-imagens-e-dos-objetos-na-pr%E1tica-cl%EDnica#conteudo

TRILOGIA DA PAIXÃO : GOETHE

 Trilogia da Paixão



Obra-prima em três poemas


Goethe aparece nessa obra com três poemas que, juntos, são conhecidos como "Trilogia da Paixão" — A Werther, Elegia e Reconciliação —. O mais famoso deles é "Elegia", que depois passou a ser conhecido como "Elegia em Marienbad".

Foi escrito quando Goethe estava com 74 anos e se apaixonou por uma jovem de 19 anos, Ulrike von Levetzow. Pediu-a em casamento, mas Ulrike disse não. O resultado está aqui:

Ulrike von Levetzow
~ Ulrike von Levetzow ~
~ Elegia ~
E quando o homem emudece em seu tormento
A mim me deu um deus dizer tudo o que sofro.

Que hei de esperar agora para tornar a vê-la,
Da flor ainda fechada deste dia?
O paraíso, o inferno estão-te abertos;
Que oscilantes sentimentos no teu peito! —
Não há como duvidar! Ei-la à porta do céu,
É Ela que te eleva e te acolhe em seus braços.
Foste assim recebido então no Paraíso,
Como se merecesses vida eterna e bela;
Não te ficou desejo esperança ou anseio,
Tinha aqui o seu termo a aspiração mais íntima.
E na contemplação desta única beleza
Logo a fonte secou das lágrimas saudosas. Como o dia agitava as suas asas céleres
E parecia levar ante si os minutos!
O beijo da tardinha, selo fiel a unir:
E assim será ainda para o sol de amanhã.
As horas, semelhantes no seu fluir brando,
Como irmãs eram, mas nenhuma igual às outras. Esse último beijo, doce e cruel, rompeu
Enredo esplêndido de amores entrelaçados.
Meu passo ora se apressa, ora pára, e evita
O limiar, como expulso por anjo de fogo;
O olhar fixa desanimado o caminho sombrio,
Volta-se ainda para trás, vê a porta fechada. E sobre si fechado agora, o coração,
Como se jamais se abrira, e horas felizes,
Rivais em brilho dos astros todos do céu,
Não tivesse sentido nunca ao lado dela;
E desgosto, pesar, censura, pesadelo
O carregam neste ambiente que o sufoca. Pois não te resta ainda o mundo? Estes rochedos
Não estão eles coroados de sagradas sombras?
Não amadurece os frutos? Um campo verde
Não corre à beira do rio entre bosques e prados?
E não se arqueia essa Grandeza além dos mundos,
Ora rica de formas, ora em breve sem formas? Quão leve e graciosa, em tecido claro e suave,
Qual Serafim, de entre o coro de nuvens pesadas,
Como que igual a Ela, no céu azul,
Forma esbelta paira de aroma resplandecente;
Tal qual tua a viste bailar em dança alegre,
Das formas adoráveis a mais adorável. Mas é só por momentos que atrever-te podes
A reter em vez dela um etéreo fantasma;
Regressa ao coração! Melhor a encontrarás,
É lá que Ela se move em figuras mudáveis;
Em muitas se converte a Forma Uma,
Em milhares delas, cada vez mais querida. Como para receber-me Ela esperava à porta,
E, degrau a degrau, me levava à Felicidade;
Depois do último beijo me alcançava ainda
Para me premir nos lábios o último de todos:
Tão nítida, tão viva fica a imagem da Amada
Inscrita com chamas no coração fiel. No coração, firme qual muralha de castelos
Que para Ela se guarda e dentro em si a guarda,
E por Ela se alegra ao sentir que ainda vive,
E só sabe de si quando Ela se revela,
E se sente livre em prisões tão amadas,
E não luta senão de gratidão por Ela. Se apagadas estavam dentro de mim
A capacidade e a precisão de amar,
O desejo de esperança de alegres projetos,
De decisões, de ação veloz, logo voltou!
E se o amor jamais deu ânimo ao amante,
Ficou provado em mim do modo mais amável; E só graças a Ela! — Que íntimo temor
De importuno peso dentro da alma e do corpo!
O olhar rodeado de imagens horrorosas
Na aridez de um coração deserto e oprimido;
Eis que alvorece a esperança à porta conhecida,
E Ela mesma aparece à luz de um sol suave. À paz de Deus, que aqui na terra vos concede
Mais ventura que a razão — dizem os livros —
Comparo esta paz serena do amor
Na presença do ser entre todos amado;
Repousa o coração, nada vem perturbar
Este profundo sentir de só lhe pertencer. No mais puro do peito uma ânsia se agita
De espontâneos nos darmos só por gratidão
A alguma coisa de mais alto, puro, desconhecido,
Que em nós resolve o Enigma Inominado;
Chamamos-lhe: Piedade! — Esse êxtase feliz
Sinto-o dentro de mim quando estou perante Ela. Ao seu olhar, como ao do sol que nos governa,
Ao seu hálito, como às brisas primaveris,
Funde, bem rígido de gelo que estivesse,
O egoísmo no fundo de antros hibernais;
Nem interesse mesquinho ou vontade que durem,
Tudo isso o vento leva quando Ela vem. É como se Ela dissesse: “Hora após hora
Se nos oferta amigável a vida;
Do que ontem passou bem pouco já sabemos;
O que amanhã virá é proibido sabê-lo;
E sempre que ao cair da noite tive medo,
Ao pôr-do-sol eu via ainda algo que me alegrava.” “Faz pois como eu faço e olha, alegre e sensato,
O momento de frente! Sem qualquer demora!
Acolhe-o depressa, benévolo e vivaz,
Quer para a alegria na ação, quer para o amor;
Onde tu estejas, sê tudo, infantil sempre,
E assim serás tudo, e serás invencível.” Bem fácil te é falar — pensei —; pois um deus
Te deu por companhia a graça do instante,
E cada qual se sente, em tua graciosa presença,
Mesmo nesse momento o dileto dos Destinos;
Assusta-me o sinal que me manda afastar-me
De ti - para quê tão alta sabedoria?! E agora estou longe! Ao minuto presente
O que é que lhe convém? Não saberia dizê-lo;
Com a beleza me oferece ele muitas coisas boas
Que apenas pesam, e tenho que repeli-las;
Uma ânsia indomável faz-me andar errante,
E lágrimas sem fim é tudo o que me resta. Ora brotai então! E correi sem parar,
Que este fogo interior sufocar não podeis!
Violento furor me dilacera o peito
Onde a vida e a morte ferem luta feroz.
Para as dores do corpo, sim, remédios encontraria;
Mas ao espírito falta a decisão, o querer, O poder compreender: — Como passar sem Ela?
E vai repetindo mil vezes essa imagem,
Que ora paira hesitante, ora lhe é arrancada,
Ora confusa, ora brilhante em pura luz;
Como poderia dar-me o mínimo conforto
Este fluxo e refluxo, este vir e partir?

Abandonai-me aqui, meus fiéis companheiros!
Deixai-me ao pé do precipício, entre o pântano e o musgo;
Segui vosso caminho! Olhai o mundo aberto.
A imensa terra, o céu sublime e grande;
Observai, procurai, colecionai os fatos,
Balbuciai o mistério da Natureza. Para mim perdeu-se o Todo, eu mesmo me perdi,
Eu, que há bem pouco fui o preferido dos deuses;
À prova me puseram, deram-me Pandora,
De bens tão rica, mais rica ainda de perigos;
Impeliram-me para a boca dadivosa,
Separaram-me dela, e assim me aniquilam.
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Bibliografia: Hegel, Georg Wilhelm Friedrich. Estética – A Idéia e o Ideal, Estética – O Belo Artístico ou o Ideal. Hamburgo, Alemanha, 1999 – Tradução de Arnaldo Poesia. – Bösch, Bruno (org.). História da Literatura Alemã. São Paulo, Herder/EDUSP, 1967. – Centelha – Promoção do Livro, SARL, Coimbra, Portugal, 1986.
Para saber mais sobre Goethe
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 Arnaldo Poesia.
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A ARTE DA AUTO-AJUDA: A Tese de Guerdjef



Há momentos que temos de dar uma pausa e refletir...reavaliar nossa postura para seguir confiante rumo aos nossos objetivos. Eis a "Cartilha infalível"- Tenha-a sempre à mão  - viva sem medo de errar e torne-se uma pessoa melhor:

Esta é a Tese de Gerdjet, um pensador russo que no início do século passado já falava em auto-ajuda.Ele dizia que o importante para se ter uma boa vida é saber o que queremos para nós e o que realmente vale a pena.

Ele traçou 20 regras de vida . Quem assimilar pelo menos 10 delas, aprendeu a viver com qualidade

Teses de Gerdjef para uma vida melhor:

1)
Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo.Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2) Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3) Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso,consciente de que nem tudo depende de você.

4) Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5) Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, casa,no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6) Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos,o eterno mestre de cerimônias.

7) Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas..

8) Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9) Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

10) Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11) Família não é você. Está junto de você. Compõe o seu mundo,mas não é a sua própria identidade.

12) Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.

13) É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.

14) Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15)
Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16)
Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo ... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17) A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

18) Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19) Não abandone suas 3 grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!

20)
E entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: Você é o que se fizer ser!

Font

domingo, 26 de junho de 2011

Kierkegaard e Pascal: as vertigens da razão e o mistério da fé | CPFL Cultura



as vertigens da razão e o mistério da fé-
– Franklin Leopoldo e Silva

Franklin Leopoldo e Silva - 2008

  Pascal e Kierkegaard, que viveram tempos muito distintos da história da Europa, partilhavam a experiência radical de uma razão que, em seus desdobramentos, atinge enfim seus limites, seus abismos, e não se detém em suas bordas, mas neles se precipita corajosamente.
A aposta de Pascal e a ironia de Kierkegaard não são apenas criações teóricas geniais, mas sobretudo experiências vividas, vertigens da razão que, com temor e tremor, confronta os mistérios do sagrado e da fé.

Franklin Leopoldo e Silva: 
doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo e professor de História da Filosofia Contemporânea da mesma Universidade. 
Autor de 
Descartes  A metafísica da modernidade,
Bergson  Intuição e discurso filosófico 
e Ética e Literatura em Sartre.. (less)

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Fonte:
  CPFL Cultura
Café Filosófico
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