quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A MIRABOLANTE- FABULOSA HISTÓRIA DA ORIGEM...



Além do Cosmo - 181min.

A MIRABOLANTE HISTÓRIA
DA ORIGEM DO CASTELO DO MAR

OU

MARINA
- A FABULOSA HISTÓRIA
 DA ORIGEM DO SEU PRÓPRIO NOME
 
O mais poderoso rei de todos os tempos, 
amava muito o seu reino e por isso, (pessoalmente) 
percorria diariamente cada sítio para ver e abençoar 
as suas riquezas, que sob sua proteção e graça, se multiplicavam.


Nada se fazia ou nascia que não fosse 
sob seu régio comando. Tudo e todos os elementos, 
substratos ou supernovas substâncias, 
viviam na mais santa harmonia.


  ASSIM ,
PORQUE MUITO AMAVA,
 GEROU MUITOS FILHOS!

E porque era o maior amante da sabedoria,
 iniciou seus inúmeros filhos, ensinando-lhes
 a cultivar igual amor. Todos os filhos aprenderam com ele
 os segredos mais profundos das composições das coisas e do mundo.


Nenhum desconhecia a ciência estrutural que dava origem
aos minerais e às plantas. Conheciam a história da razão
de cada componente das grandes e poderosas famílias, 
de tudo que a inteligência fosse capaz de conhecer.

1
Eles próprios haviam sido concebidos por absoluta necessidade
de manter vivo e sempre aceso o fogo da grande fornalha do
 império mais poderoso de todos os tempos.


A grande fornalha era na verdade o berço, a maior fonte de 
riquezas do reino, pois era ali que se forjava tudo que a sabedoria 
do Rei via ser bom e útil para garantir e perpetuar a beleza da vida, 
que ele amava desfrutar.

Ele, o grande rei, que muito amava, dedicava um amor especial 
à sua poderosa fornalha, por isto a protegia e a abençoava 
pessoalmente, todos os dias que ali ia soprá-la e deixar sair do
 seu coração as suas mais belas palavras de amor e de alegria.

Porque a alma do grande Rei era a mais pura e cristalina, de
 tanto se aproximar radiante da sua mais útil ferramenta, 
a fornalha já se aquecia  vendo-o e com uns soprinhos de
 nada do seu amado rei, ela se acendia e feliz, num átimo 
de segundo entregava para ele sua mais nova e original creação.


E a cada soprinho, a cada entrega de cada obra, o Grande rei 
e o fogo de sua fornalha festejavam e cantavam com tal alegria, 
que dos cânticos ardentes brotavam uma poeira de luz multicolorida, 
que se agrupava e na grande festa dançava improvisando no ensaio
 novos ritmos e as mais surpreendentes formas de dançar e de mais
 festejar.


E o Rei que amava a alegria, que vivia para aumentar a sua riqueza 
e a sua felicidade, atento sentia que o novo ritmo daquela explosão 
de euforia, de graça e de bondade, com alguns retoques, ou outro
 soprinho, dali mesmo já se revelava útil e bom.


E todo feliz ele soprava e soprava sua felicidade, enquanto as sábias chamas da sua amada fornalha imprimiam o novo caráter e lhes conferia o direito no dever de ser e de se expandirem.

E ASSIM 
 A RIQUEZA DA ALEGRIA 
 SE PERPETUAVA !

2
Recém-saída da ardente fornalha, que ardia segundo o ritmo do coração do seu rei, a sementinha de vida era colocada numa bela cesta trançada de cristais levíssimos e ornada com letras de ouro que a identificava. Ali ficaria até que se preparasse um campo ótimo, devidamente arado e adubado, onde ela ia fincar suas raízes, aflorar na busca de luz e em tempo hábil, frutificar o melhor de si.


Desde tempos imemoriais as belas rosadas chamas da grande fornalha faziam e forjavam dançantes, todas sementinhas de luz que seriam semeadas nos belos canteiros dos sítios do Grande Senhor.


Por isso ela fora implantada próximo ao jardim que dava num corredor cercado por uma maravilhosa abóbada, artisticamente arquitetada, para ser a mais bela sementeira, estrategicamente colocada junto das avenidas mais iluminadas e que saíam diretamente para o coração do reino.


Ao ver a luz, a sementinha de vida,ainda nas fraldas, engatinhando, já se ocupava em acertar a sua direção no implacável e invisível mapa do mundo que ela trazia no âmago, desde que recebeu aquele soprinho de nada,que lhe deu origem.


Estava gravado com letras de ouro a sua real identidade e os inúmeros caminhos a seguir e lhe dariam a possibilidade, de percorrendo-os ,se realizar.
Era preciso aprender...


E era no silêncio e no invisível que se processava o primeiro vasculhar,o buscar compreender a sua causa e sua razão de existir, pois foi-se recobrindo sua memória, à medida que se arava o campo especial para a sua perfeita floração e frutificação.


Porque era no silêncio que ela devia engatinhar, a creação nascia muda.E para que ser legítima a sua alegria, ela precisava estar de ouvido bem ligado,antenada na beleza dos sons... Em  tempo recorde, recompondo-os sincronizados ao seu próprio estado e através da  leitura de cada acorde revelar-se numa continuidade melódica, harmonizada com o meio que se oferecia.


Seguindo seu próprio ritmo, cada filho apurava os sentidos, para com eles fazer a melhor leitura da simetria do mundo que lhe fora dado crescer harmônico e integrado.


Quanto mais fosse o tempo dedicado ao silêncio na busca de sua história, mais depressa o recém-nascido encontrava seu horizonte e mais clara se tornava  sua forma para agir.


A alegria do Grande Rei aumentava quando via seus filhos sedentos de aprender ,com ele,  todas as artes que se fazem no espaço vazio. Ele os estimulava com jogos ,muitos enigmas excitantes e os ajudava no aprender pensar novas técnicas de supernovas misturas, recriando cores sonoras ali mesmo na oficina de artes e ofícios, no pavilhão mais sagrado do grande palácio.


Música...A arte das artes, eles a aprenderiam nos campos do Sideral Conservatório, armazém, celeiro,sementeira das esferas, onde cada um se deliciava nos mistérios dos instrumentos e de todas as possibilidades imaginárias das infinitas combinações dos sons.


O Grande Palácio vivia em festa.Tudo era motivo de festa.todos já sabiam que viver é festejar e cantar a alegria de viver festejando.


E porque todos sabiam que a vida é uma bela festa, todos viviam intensamente voltados ao aprimoramento das suas conquistas para melhor festejarem.


Já levantavam na primeira aurora cantando a alegria de serem parte, voz ativa do magnífico coral. Em festa iam para as lavouras e festivos igual ao pai, abençoavam cantando a beleza dos frutos de suas próprias ações, que já nasciam sob a regência da harmonia.


Então, o Rei vendo que seus filhos já estavam bem instruídos nas artes de semear e melhor governar,festejando com dignidade, decidiu repartir suas riquezas.


Agora, todos conheciam em profundidade a composição de cada engenho.Chegara a hora de, cadenciados, ampliarem-se aplicando os princípios tão bem apreendidos para a maturação desejável e realizarem em si mesmos as riquezas às quais embalaram e desenvolveram.


Porque foram instruídos na arte de anelar a luta, aprenderam com maestria a intensificar a existência e a cumpri-la com decisão na mais pura consciência.


Aprenderam a aspirar e a encontrar a verdade, a sentir e a chamar a luz e a força encobertas neles mesmos. Viam a grande gama de possibilidades que a vida é e em festa a repartiam.


Era simples. Quem cuidou do jardim com zelo,teria agora permissão para arquivar dentro de si a essência de todas as flores e deste modo, escolher a flor que mais gostasse,como brasão, para nas suas andanças poder plantá-las, aos milhares a marcar territórios e  caminhos conquistados.

Fazendo do seu coração uma potente sementeira da essência de sua riqueza, o filho madurava aos poucos no aprender canalizar energia, que se condensava até concentrar o poder  da capacidade ,de sozinho ,acender  sua própria fornalha e bem polir todas as ferramentas indispensáveis para a fundação de um reino.


Depois de ter forjado e polido suas próprias ferramentas, ele as guardava na grande e cristalina  arca, onde com zelo esperava a hora exata de poder combinar cada pulsar da sua vida e com graça expirar e inspirar conforme sua vontade.


Combinando seus pulsares, harmonicamente atravessava o portal do invisível e mergulhava noutras dimensões onde estavam instalados os pavilhões mais secretos do reino do Grande Senhor de todos os tempos.


Assim conquistava o que de fato era seu. Nos seus jardins nasceria e floresceria apenas e tudo que lhe fosse agradável para festejar.


A cada respiração confirmavam que viver é um ato lindo e nobre. Inspirar flores e expirar beleza.Inspirar o bem e expirar verdade.E na verdade, espontaneamente  produzir mais e mais beleza.


O Pai, todo poderoso, só recomendava ao filho na hora da bênção da partida: TRABALHA E CONFIA!


Trabalha naquilo que amou, por isso aprendeu.
Se esmere para trabalhar o máximo, pois assim mais perfeito e mais fácil torna-se seu trabalho, ao final de cada dia.


Trabalha sem esperar recompensa.
Trabalha aqui,pois o dali já está germinando para produzir o fruto de sua mão.
Nunca falta trabalho para quem ama viver!


E nunca falta fruto e beleza ao que trabalha, pois seu trabalho é a própria recompensa.Quanto mais trabalhar, mais beleza produzirá.E quem produziu beleza, não se cansa de agir, pois o fruto de suas ações o alegra para mais trabalhar.


 E FOI ASSIM, 
NUM BELO TRABALHO, QUE UM DIA, 
O UNIVERSO NASCEU!

Casta como a luz, grave como a eternidade, a invisível e impalpável verdade se infiltrava lenta e profundamente no coração dos elementos, e o Universo harmonioso se expandia...


Os filhos iam para os campos e lá, no mais absoluto silêncio volviam delicados ao trabalho, apenas escutando e registrando nos corações, cada acorde que estava por sua vez, registrado em magnífica partitura e se oferecendo em cada fibra na flor do jardim. 

Flores e estrelas se espelhavam, uníssonas, sonoras banhadas no suor da dançante alegria, se entrelaçavam irmanadas, enamoradas na queda ardente ,penetravam-se compondo rosáceas de luz ao leve toque de seus cílios girantes, excitados no calor da união do gozo reproduziam novas duplas pétalas sedentas de igual necessidade de girar espiralante em livre expansão.


Os filhos eram mudos e sem nome até o dia do batizado, que se realizava com Glórias, no coral mais exuberante de todo o reino.

Este era o dia que o Grande Rei mais amava:
O DIA DO TOQUE DA LIBERDADE!
O dia do Renascimento era duplamente sagrado em si e no Reino, quando, ao tocá-lo nas axilas, o Grande Rei ascendia no filho a usina que bolia a chave e acordava a mais uma bela fornalha. Fulgurante,ativa ela se abria ,se revelava e trazia à luz o tesouro mais bem guardado: A sua razão de existir.


Durante a solene cerimônia de entrega de suas recentes creações, cada filho era coroado e nesta hora recebia um nome eterno, gravado a fogo no Livro da Vida da família mais poderosa e sábia de todos os tempos.


Ao receber a honra de portar um nome, recebia também a responsabilidade de presidir e propagar sua obra e de protegê-la, para através dela se imortalizar.


Recém coroado, o filho sábio saía sozinho para o campo e ali ficava até encontrar em si mesmo o melhor modo de servir, de cooperar na conservação e ampliação do reino. Passava por muitas provas e vencendo-as se fortalecia.


Primeiro uma descida no seu ser, depois uma espécie de desligamento do útero do reino paterno e pairando acima das coisas via nascer nos seus flancos, poderosas asas que o libertava. O corpo vibrando de nova  alegria, extraia um vapor radiante, que arremessava em meio de um estrondoso e singular turbilhão de sementes de sóis inflamados, que aderiam nas suas supernovas asas e aí se emplumavam multicores, realizando neste ato de suprema beleza o mais admirável e inefável gozo.


Já no primeiro voo ia encontrar e pousar numa parada do Universo, que ele agora podia dizer sua e nela imperar todo poderoso.


De asas fortalecidas, pelo simples ato de lançar-se na direção que seu coração pedia, em vôo certeiro, depois de ter rompido a casca do ovo cósmico, ali, onde o Pai o ninara, ele se dilatava a uma medida infinita, gerando mais plumas flamejantes que se agigantavam à mesma proporção que avançava invadindo os céus.


Quanto mais céus abraçava, mais céus se ofereciam e se revelavam sedentos para assegurar o ninho do agora  Pássaro, radiante e audaz, o que fora forjado na invejável fornalha do Reino, que só existia para exaltar a beleza da alegria de viver.


O jovem Pássaro, qual lanterna mágica, abarcava o infinito, irradiando a novísima energia condensada na usina que seu pai tocara, deixando um rastro de música operante, em fios de luzes soberbas  e bem dispostas no traçar a dança do som mais cristalino e organizado.


O belo desenho espiralado feito pelos fios de lágrimas coloridas inflamadas, projetavam-se numa sucessão de espelhos o espetáculo do giro imperioso, que abria e engendrava novas dimensões na semente de Universo, que agora experimentava a docilidade do mistério de ter um espaço e um tempo para existir.


Igual a seus irmãos, a dinâmica ave era apenas uma réplica do mágico lanterneiro e como tal levava por herança o dever de repetir e realizar outra réplica, se não melhor, uma que muito amava ver nascer e ampliar suas riquezas.


E o infante real Pássaro ,conquistando o infinito, sentia nas suas asas a alma latente dos astros, que o compunham em colares de elos esvoaçantes nos miríades de cílios vibrantes.


Dançavam os elos pressentindo a hora promissora de se fazer um ninho, chocar seus próprios ovos cósmicos, seus próprios reinos, que em verdade afirmavam ser o mais novo departamento do Universo.


E alí, na nova morada, plantar, arquitetar e construir o áureo trono, para reger com  sábia harmonia a sua amada família.

E ASSIM 
SE PERPETUAVA A VIDA
 DO GRANDE REI!
E perpetuando-se vai , de filho em filho sedento de se realizar.
O real infante Pássaro saindo para conquistar o infinito, já no primeiro giro abarca uma semente de universo que ansiava existir e revelar-se nas mil faces de todas as dimensões. Com seu facho de luz penetrante regia o seu sonho, rasgando os véus que velavam a  felicidade herdada do Todo Poderoso Pai.

Confiante, só lembrava que era na luta do trabalho de cada e todo instante que a realidade ia tomando corpo e fiel se manifestando.

Sentia-se e era  a rosa de luz e via a sua essência despontar no horizonte gerado dentro de si mesma, numa forja forjada na mais perfeita matriz da vida.

Ao primeiro pouso, verifica que a verdade não é dada gratuitamente e sim conquistada num " caminho de leite nutritivo, autogerado, que marca veredas e nele se deve percorrer  sem pressa e sem medo de errar .

A toda poderosa fornalha mágica do coração do Pássaro infante, avança entregue ao ritmo imperioso, entoado pelos colares de astros que se multiplicavam no calor das próprias vozes, formando em torno das asas, magníficas nuvens de nebulosas cintilantes, que se enrolavam em amigáveis serpentinas e varavam em todas as direções.

Não havia o espaço plano. Tudo se encadeava como gigantescas bolhas de espelhos e eram engolidas por outras infinidade de paredes gasosas de películas quase vítrias.

E a escuridão congelada na inércia, já sentindo a aproximação envolvente do Pássaro de Luz, trêmula, esquecida de si mesma, se dilata, se oferecendo afrouxada para recolher e conhecer as sementinhas da luz cantante que ali pingavam radiantes.

Em plena liberdade, a ave abre no infinito a sementinha do nada,vislumbra o orifício de um túnel astronômicamente negro e vê ser alí, audaciosa e confiante nas suas plumagens de sóis encaracolados, o sítio ideal de solo virgem , compactado no sono da escuridão sem sonhos. Num majestoso giro, dança e lança, deixa cair sua primeira gota de suor cadente, a imprimr o selo no cadinho refratário, ali aonde a arte há de realizar possíveis e impossíveis creações perenes.

A gota de suor da Ave em festa de primeiro vôo, primeiro pouso e primeiro encontro, desliza em gracioso volteio e escorre desmanchando-se em espiral ardente, firme rompendo o lacre da insólita escuridão, feliz, por isto agora.

Tão espetacular é a festa da chegada, no primeiro pouuso,que do corpo majestoso mina um leite de luz que vai se esparramando ao ritmo do poder da música espiraladaa explodir e largar rosáceas qual fogos de artifício de fragmentos luzidios de felicidade, para em cadência assentar raízes na vasta escuridã enfim maravilhada pela delicadeza e potência do seu conquistador. Ela, sem cerimônia abre-se emergente, sedenta para desatar os grilhões da longeva inércia.

Vendo a inocência negramente exposta, o Pássaro estremece num raro memorável  êxtase. Desata então os miríades colares que ele arrastava invadindo os céus e as inúmeras contas de astros resplandecentes  rolam na negrura, dourando-a e nela se instalando resolutas, como quem vem para ficar, se aninhar.

A energia que a lanterna mágica carregava escorre com suor divino e em leque vai pingando e se abrindo no demarcar o caminho que foi escolhido para se erguer o novo reino.

Plainando... observa e já abençoando a negritude, a ave comovida deixa cair dos olhos duas lágrimas que se mistura e juntas arrebentam fragmentadas,  dispersas feito um tule fertil umedecendo o espaço , na descida.

E os fragmentos lacrimosos do Pássaro mais audaz, se espalham sobre o suor de leite fervente do caminho, refratam qualhados e em dança se enraizam naquele chão que fora treva e logo, ainda sob a régia asa, brota, domina e celebra a beleza que lhe deu origem.

Atento à cada fragmento seu a navegar cantando a doçura do aportar, a ave só sopra e com seu soprinho desenha no novíssimo universo, uma flor espiralada infinitamente grande, que roda acenando com seus três braços e sete translúcidos estames apontados para sete dimensões.

Vê o quanto é boa a flor que ela pinta no novo infinito e como uma tocha gigantesca levantada grita: Prepara para viver ! É hora de festejar. Agora!

 E ASSIM 
NASCEU A VIA-LÁCTEA!

Das gotas de suor da Bela infante Ave,que igual nave pousou naquela região absurdamente negra, fez-se os caminhos e os bem direcionados estamesm, verdadeiros potenciais de fertilidade organizados nos seus cílios armazenadores de pólens de estrelas e sóis. Num atmo de segundo acenderam o núcleo de cada fragmento lacrimoso, aprisionando em cada um a segunda essência da música da ressurreição, imperante daquela semeadura.


 E ASSIM NASCERAM
AS CONSTELAÇÕES DA VIA-LÁCTEA!

De todos os trilhares de  fragmentos lacrimosos, acesos na música imperatriz do primeiro vôo do pássaro mais audaz, uma quinta grandeza guardou no seu núcleo, não só acordes da sinfonia que se propagava em espiral...


Porque não viu presa de descer do corpo do seu pai, o Jovem Pássaro, teve mais tempo no aconchego da bela fornalha. Mais luzidio sorveu o bem-amado
cântico, por isso dentro de si aconteceu um descompasso.


Seu corpo recém-nascido no "caminho de leite" ainda borbulhante, aprisionou mais música do que podia comportar, e, sob o peso dos miríades de sons compactados, escorregou para a beirada da espiral, longe do centro, sob o excesso de instrumentos, cargas e tons suficientes para compor vinte e uma mil orquestras operantes. Balançou, rodopiou no improviso e sem querer, parou.

A estrela mais polida, em sua quinta volta enganchou no ponto mais escuro da treva. O universo recém germinado, sedento de conter a luz da vida, estremeceu vibrando e foi abrindo espaço, sincronizando um novo tempo, enquanto atraía para si a sementinha que precisava de nascer.


ASSIM, 
NA VIA-LÁCTEA
 O SOL FINCOU RAÍZES!


Continua...


Li-Sol-30

 Fonte:
14* História do "Almanaque da Marina"
Autoria: AdeirT.Reis em BH-1987

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