quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

WASSILY KANDINSK - Василий Кандинский;

                    


Wassily Kandinsk


Nascimento 16 de dezembro de 1866 Moscou
Morte 13 de dezembro de 1944 (77 anos) Neuilly-sur-Seine
Nacionalidade Rússia Russo
Wassily Kandinsky (em russo: Василий Кандинский;

 

 Moscou, 16 de dezembro de 1866 (4 de dezembro no calendário juliano então em vigor na Rússia) — Neuilly-sur-Seine, 14 de dezembro de 1944) foi um artista russo, professor da Bauhaus e introdutor da abstração no campo das artes visuais. Apesar da origem russa, adquiriu a nacionalidade francesa.    


  Vida
Nascido em Moscou, passou grande parte da infância em Odessa. De volta à capital russa, estudou Direito e Economia na Universidade de Moscou, chegando a diplomar-se em Direito aos 30 anos, mas desistiu dessa carreira.

Os primeiros anos em Munique

Casou-se em 1892 com a sua prima Anya Chimiakin, que acompanhou Kandinsky em 1896 quando este se mudou para Munique, iniciando os seus estudos em pintura . O estilo da escola de Ažbè desiludiu Kandinsky, que preferia pintar paisagens coloridas ao ar livre em vez de modelos "mal cheirosos, apáticos, inexpressivos, geralmente destituídos de carácter".[1]

Após vinte anos, Kandinsky tenta inscrever-se, sem sucesso, num curso ministrado por Franz von Stuck. Um ano depois Kandinsky ingressou finalmente no curso, que frequentou até 1900. Em Maio de 1901, Kandinsky co-fundou a sociedade artística Phalanx e foi professor na escola fundada pouco tempo depois pela sociedade. Uma das suas alunas foi Gabriele Münter, que se tornou companheira de Kandinsky até 1917. Kandinsky separou-se de Anya Chimiakin em 1916.


Fuga, Kandinsky, 1914, óleo sobre tela

O início do abstracionismo

Já na década de 1911 Kandinsky desenvolve seus primeiros estudos não figurativos, fazendo com que seja considerado o primeiro pintor ocidental a produzir uma tela abstrata. Algumas das suas obras desta época, como "murnau - Jardim 1" (1910) e "Grüngasse em Murnau" (1909) mostram a influência dos Verões que Kandinsky passava em Murnau nessa época, notando-se um crescente abstraccionismo nas suas paisagens. 


Outra influência nas suas pinturas
com quem Kandinsky manteve correspondência 
entre 1911 e 1914.

O período da Primeira Guerra Mundial

Com o eclodir da Primeira Guerra Mundial, Kandinsky é forçado a abandonar a Alemanha, partindo para a Suíça acompanhado por Gabriele Münter em 3 de Agosto de 1914, esperando um fim rápido do conflito. Quando este não se concretizou, Kandinsky voltou à Rússia, separando-se de Münter, a 16 de Novembro do mesmo ano. Aproveitando uma exposição em Estocolmo de 1916, Kandinsky permanece na Suécia, onde conhece a sua terceira companheira, a russa Nina de Andreewsky, até ao advento da Revolução Russa. Volta então à Rússia interessado nos rumos do país, mas desentende-se com as teorias da arte oficiais e retorna à Alemanha em 1921.

A Bauhaus e últimos anos

Em constante contato com os artistas da vanguarda, passa a lecionar na Bauhaus até 1933 quando a escola é fechada pelo governo nazista. Muda-se para Paris e aí viveu até o fim de sua vida. Faleceu em Neuilly-sur-Seine em 1944. Encontra-se sepultado em Neuilly-sur-Seine New Communal Cemetery, Hauts-de-Seine, Ilha de França, na França.[2]

Desenvolveu a arte abstrata até o final de sua vida. Junto a Piet Mondrian e Kasimir Malevich, Wassily Kandinsky faz parte do "trio sagrado" da abstração, sendo o mais famoso.

Períodos artísticos

A criação de Kandinsky de trabalhos puramente abstratos seguiu um longo período de intenso desenvolvimento e amadurecimento do pensamento teórico baseado nas suas experiências pessoais artísticas. Chamou a esta devoção como beleza interior, fervor de espírito e uma necessidade funda de desejo espiritual, que foi o aspecto principal da sua arte.
Kandinsky aprendeu através de diversos recursos durante a sua juventude em Moscovo.Mais tarde na sua vida ele seria lembrado como sendo fascinado e raramente estimulado pela cor como uma criança. 

O fascínio pelo simbolismo e psicologia da cor continuaram durante o seu crescimento, apesar de parecer nunca ter estudado arte. Em “Looks on the Past” ele relata que as casas e as igrejas eram decoradas com cores tão brilhantes que, uma vez lá dentro, teve a impressão de se estar a mover dentro de uma tela pintada. A experiência e o seu estudo sobre a arte do povo na região, em particular o uso de cores brilhantes sobre fundo negro, refletiu-se nos seus trabalhos mais recentes. Anos mais tarde, ele relacionou o acto de pintar para criar música na maneira que mais tarde viesse a ser mais reconhecido e escreveu 


“As cores
 são a chave,
 os olhos o machado,
 a alma é o piano com as cordas”.
 Ele foi similarmente influenciado durante este período pela ópera de Richard Wagner Lohengrin com a qual ele sentiu que quebrou os limites da música e da melodia além do lirismo tradicional.

Kandinsky foi igualmente espiritualmente influenciado por Helena Petrovna Blavatsky (1831- 1891), o mais importante exponente da Teosofia nos tempos modernos. A teoria teosófica solicitou que a criação é uma proporção geométrica, começando num único ponto. O aspecto criativo das formas é expressado por uma série descendente de círculos, triângulos e quadrados. Os livros de Kandinsky ecoam estes princípios básicos teosóficos.

O Cavaleiro Azul

As pinturas de Kandinsky do período em que fez parte do grupo Der Blaue Reiter ("O cavaleiro Azul") (1911-1914), foram compostas por massas coloridas largas e bastante expressivas, avaliadas independentemente a partir de formas e linhas que já não serviam para delimitá-las. Estas seriam sobrepostas numa forma bastante livre para formar pinturas duma força extraordinária.

A influência da música foi bastante importante no nascimento da arte abstracta, como sendo abstracta por natureza, este não tenta representar o mundo exterior mas antes para expressar, numa maneira imediata, os sentimentos interiores da alma humana. Kandinsky às vezes usava termos musicais para designar o seu trabalho; ele chamou a muitas das suas pinturas espontâneas “Improvisações”, e “Composições” a outras muito mais elaboradas e trabalhadas em comprimento, um termo que ressoou nele como um orador.

Além da pintura Kandinsky desenvolveu a sua opinião como um teórico da arte. De fato, a influência de Kandinsky na história da arte do ocidente talvez resulte mais dos seus trabalhos teóricos do que propriamente das suas pinturas.

Ao mesmo tempo que escrevia “Do espiritual na Arte”, Kandinsky escreveu o Almanaque do Cavaleiro Azul, que serviram tanto como defesa e promoção da arte abstracta, assim como uma prova de que todas as formas de arte eram igualmente capazes de alcançar o nível da espiritualidade. Ele acreditava que a cor podia ser usada numa pintura como uma coisa autónoma e distanciada de uma discrição visual de um objecto ou de uma qualquer forma.
Escreveu poemas, que seguem o mesmo raciocínio desta fase.

O período de grande síntese (1934-1944)

Em Paris, Kandinsky estava bastante isolado, uma vez que a pintura abstracta - particularmente a pintura abstracta geométrica – não foi reconhecida, sendo as dos movimentos mais apreciados o Impressionismo e o Cubismo

Kandinsky viveu num pequeno apartamento e criou o seu trabalho num estúdio construído na sua sala de estar. Formas biomórficas com flexibilidade e contornos não geométricos apareceram nas suas pinturas; formas que sugerem organismos externamente microscópicos mas que expressam sempre a vida interior do artista. Ele usou a cor puras nas suas composições que evocavam a arte popular de Slavonic e que era similar a preciosos trabalhos de marca-de-água. Nas suas obras, ocasionalmente misturava também areia para dar a textura de granulado aos quadros.

Este período correspondeu, de facto, a uma vasta síntese do seu trabalho anterior, no quando ele usa todos os elementos, e até os enriquece. Em 1936 e 1939 ele pinta as suas duas ultimas grandes composições; Lonas particularmente elaboradas e lentamente rasgadas que ele não produziu por muitos anos. Composição IX é uma pintura com umas diagonais poderosas de alto contraste e cuja forma central da a impressão de um embrião humano no ventre. Os pequenos quadrados de cores e as faixas coloridas parecem projectar contra o fundo preto da Composição X, como fragmentos de estrelas ou filamentos, enquanto hieróglifos com tons de pastel obrem o grande plano marrom, que parece flutuar no canto esquerdo superior da lona.
No trabalho de Kandinsky, algumas características são obvias, enquanto certos toques são mais discretos e velados; isto servia para dizer que eles se revelavam só progressivamente àqueles que fazem um esforço para aprofundar a sua conexão com o seu trabalho. Pretendeu que as suas formas fossem subtilmente harmonizadas e colocadas, para ressoar com a própria alma do observador.

Poesia

Kandinsky também escreveu poemas brilhantes, abstratos, que fazem referência a cores e linhas, tais quais surgiam na percepção do artista. Sendo eminentemente vanguardistas, no entanto, seus poemas diferem de tudo quanto foi produzido por qualquer "ismo" em literatura ou poeta vanguardista conhecido, inclusive do trabalho poético de outros artistas predominantemente plásticos, tais como Picasso e Hans Arp, que tenderam a aderir, na escrita, a alguma vanguarda poética conhecida, como o Surrealismo.


http://img.alibaba.com/photo/531726387/Heavy_Red_Wassily_Kandinsky.jpg
Jardim lunático

 In Blue


Composição


 Composição

 Yellow, Red, Blue
1925; Oil on canvas, 127x200cm; Centre Georges Pompidou, Paris


Composition VIII
1923 (140 Kb); Oil on canvas, 140 x 201 cm (55 1/8 x 79 1/8 in);
  Solomon R. Guggenheim Museum, New York 

  
500x360 cm



 



               52x41 cm
 
52x37 cm

 
"Interior do meu quarto" - 80x62 cm





                              66x85 cm


Dame in Krinolinen- ost - 80 x 60cm




 
1540x1332 cm

  
2340x1716 cm

 
1024x743 cm

 
2342x1518 cm

 
2476x1809 cm


2669x1600



 
159x120

Poemas de Wassily Kandinsk

“Esse ponto de contato interior, 
apesar de toda a sua importância, não é,
 entretanto, mais do que um ponto. 

Após o longo período de materialismo
 de que ela está apenas despertando, nossa alma acha-se repleta 
de germes de desespero e de incredulidade,
 prestes a soçobrar no nada. 

A esmagadora 
opressão das doutrinas materialistas, 
que fizeram da vida do universo uma vã e detestável brincadeira, 
ainda não se dissipou. 

A alma que volta a si permanece sob a impressão desse pesadelo.
 Uma luz vacilante brilha tenuemente, 
como um minúsculo ponto perdido no enorme círculo da escuridão.

 Essa luz fraca
 é apenas um pressentimento 
que a alma não tem coragem de sustentar; 
ela se pergunta se a luz não será o sonho, e a escuridão a realidade.

 Essa duvida e os sofrimentos opressivos 
que ela deve a filosofia materialista distinguem nossa alma
 da alma dos primitivos. 

Por mais levemente que se a toque,
 nossa alma soa como um vaso precioso, 
que se encontrou rachado na terra.

É por isso que a atração que nos leva ao primitivo, 
tal como o sentimos hoje, só pode ser, 
sob sua forma atual e factícia, de curta duração.

Salta os olhos 
que essas duas analogias da arte nova com certas formas 
de épocas passadas são diametralmente opostas.

A primeira exterior, será sem futuro. 
A segunda é interior e encerra o germe do futuro. 

Após o período de tentação materialista 
a que aparentemente sucumbiu, mas que repele
 como uma tentação ruim, a alma emerge, 
purificada pela luta e pela dor. 

Os sentimentos elementares, 
como o medo, a tristeza, a alegria, 
que teriam podido, durante o período da tentação,
 servir de conteúdo para a arte, atrairão pouco o artista.

Ele se esforçara por despertar sentimentos
 mais matizados, ainda sem nome.

 O próprio artista vive uma existência completa,
 relativamente requintada, e a obra, nascida de seu cérebro, 
provocara no espectador capaz de experimenta-las,
 emoções mais delicadas, que nossa linguagem é incapaz de exprimir.”
   Wassily Kandinsky
       
"Maravilhosa é a tela vazia. Mais bela que certos quadros..."

"Não devemos tender à limitação, mas à libertação. Só a liberdade nos permite acolher o futuro."

"A cor é uma força poderosa que influencia diretamente a alma...e nela provoca vibrações." 


                                Wassily Kandinsky 

"E assim as artes estão invadindo umas às outras, e de um uso apropriado dessa invasão surgirá a arte que é verdadeiramente monumental."



"A harmonia das cores baseia-se exclusivamente no princípio do contato eficaz. A alma humana, tocada no seu ponto mais sensível, responde.  A este fundamento, chamaremos o Princípio da Necessidade Interior."

"... o valor de uma certa cor é sublinhado por uma dada forma e atenuado por outra. As cores agudas têm uma maior ressonância qualitativa nas formas pontiagudas, (como, por exemplo, o amarelo num triângulo) (...) Cada forma tem portanto um conteúdo interior. A forma é a manifestação exterior desse conteúdo..."

Vida e obra de Wassily Kandinsky.



Wassily Kandinsky (1866-1944)  -
  O arauto da arte abstrata

Wassily Kandinsky poderia ter sido apenas um obscuro professor de direito na velha Rússia czarista, se não houvesse decidido, certa manhã, conferir uma exposição de pintores impressionistas franceses em Moscou. A visão de um monte de feno, pintado por Monet, provocou nele um entusiasmo incomum.

Numa época em que os críticos mais tradicionais torciam o nariz e consideravam os quadros impressionistas meros borrões de tinta sobre a tela, Kandinsky ficou deslumbrado. Segundo ele próprio contaria mais tarde, foi ali que percebeu, pela primeira vez, que a obra de arte não precisava se resumir a imitar a natureza. Estava plantada a semente da arte abstrata, forma de expressão que teria em Kandinsky um pioneiro e um de seus mais ardorosos teóricos.

Nascido em Moscou, no ano de 1866, Kandinsky não abraçou o abstracionismo da noite para o dia. Foi necessário todo um processo de evolução pictórica, até alcançar gradativamente a completa abolição da figura em sua obra.

Ainda sob o efeito da exposição impressionista, decidiu recusar o cargo de assistente na faculdade de direito em uma universidade russa e, em 1896, aos 30 anos, mudou-se para Munique, na Alemanha, com o firme propósito de dedicar-se ao estudo da arte. Antes de partir, casou com uma prima, Anya Ticheyeva, que levou junto com ele.

Mas as aulas ministradas pelos professores na Alemanha, ainda presos ao realismo e ao academicismo, não o satisfizeram. Aproximou-se então de artistas mais jovens, como Paul Klee, e passou a desenvolver sua própria teoria estética, pregando a libertação da arte da reprodução subserviente da natureza.

Seus primeiros quadros europeus, é verdade, ainda mostravam nítidas influências impressionistas. Exibiam figuras humanas, objetos naturais e evocavam elementos da arte popular russa. Aos poucos, porém, os contornos se fizeram mais imprecisos, os rostos perderam definição e, cada vez mais, as formas tornaram-se apenas vagas referências de algo existente no mundo real. "Enquanto a arte não dispensar o objeto, ela será meramente descritiva", sentenciou Kandinsky.

Casado pela segunda vez, com uma artista alemã, Gabriele Muenter, Kandinsky decidiu voltar à Rússia em 1914. Três anos depois, em 1917, trocou Gabriele por uma jovem russa, Nina von Andreyewsky, com quem ficará até o fim da vida. Naquele mesmo ano, eclodiu a revolução socialista, liderada por Lênin. Respeitado pelos intelectuais revolucionários, o artista foi convidado a fazer parte do Comissariado para a Educação e a dar aulas em academias estatais, mantidas pelo novo regime.

Mas a pintura de Wassily Kandinsky era abertamente incompatível com o "realismo socialista", estilo imposto aos artistas russos após a Revolução. Classificado pelos ideólogos soviéticos como um representante da "arte burguesa e decadente", Kandinsky viu-se obrigado a deixar novamente o seu país natal, retornando em 1921 à Alemanha, onde assumiu o cargo de professor da Bauhaus, famosa e inovadora escola de arquitetura e artes aplicadas.

Em 1933, com a chegada de Hitler ao poder, a alemã Bauhaus foi fechada. Kandinsky, que já fora criticado e defenestrado pelos soviéticos, passou a ser rotulado pelos nazistas como um "cancro da bolchevização da arte". Não lhe restava outra alternativa a não ser providenciar uma nova e imediata transferência, agora para Paris.

Sete anos mais tarde, quando os nazistas invadiram a França, Wassily Kandinsky estava velho demais para empreender mais outra mudança. Septuagenário, cuidou de diminuir o ritmo de sua produção e passou a viver de forma discreta e reservada.

Kandinsky morreu em 1944, aos 78 anos. Passado o obscurantismo nazista, seu nome foi aclamado, na Alemanha e em toda a Europa, como o mestre que inaugurou o abstracionismo, uma das maiores revoluções de todos os tempos na história da arte.

Curiosidades
  • De cabeça para baixo
    Kandinsky costumava dizer que passou a compreender de forma mais decisiva o poder da arte abstrata quando, certa noite, ao entrar em seu ateliê, não conseguiu reconhecer um de seus próprios trabalhos, que estava de cabeça para baixo.
  • Coisa de louco
    As primeiras reações da crítica à obra abstracionista de Kandinsky foi de absoluta surpresa e rejeição. Muitos consideraram que aquele amontoado de linhas, cores e formas sem significado era obra de um doido varrido. Ou, na melhor das hipóteses, de alguém que manejara tintas e pincéis sob os efeitos de algum alucinógeno, como o haxixe.
  • Teoria e prática
    Kandinsky, além de artista, era também um teórico. Escreveu alguns livros para defender suas idéias a respeito do abstracionismo. Entre suas obras principais destacam-se "Do Espiritual na Arte", publicado em 1912, e "Ponto e Linha sobre o Plano", editado na forma de apostila pela Bauhaus.
  • Cidadão do mundo
    Kandinsky mudou de nacionalidade duas vezes. Inicialmente, após deixar a Rússia e fixar-se em Munique, solicitou cidadania alemã. Mais tarde, com a ascensão dos nazistas ao poder, refugiou-se em Paris e, mais uma vez, trocou oficialmente de nacionalidade, tornando-se cidadão francês.
  • Ao lado de Freud e Einstein
    O abstracionismo de Kandinsky representou uma ruptura tão radical em relação à arte figurativa tradicional que, hoje, muitos críticos e historiadores da cultura costumam colocá-lo em um honroso panteão de grandes pensadores e cientistas da história da humanidade: ele estaria, para a pintura, no mesmo grau de importância que Freud tem para a psicologia e Einstein para a física.

Contexto histórico
Em busca do traço puro

O abstracionismo, inaugurado por Kandinsky por volta de 1910, tem como pressuposto básico a realização de uma arte independente do mundo externo e da realidade visível, ou seja, uma obra composta apenas por elementos puros, como as formas, as linhas e as cores. Também chamado de "arte abstrata", este movimento se desenvolveu em várias vertentes, até passar a ser o traço predominante de toda a produção artística realizada ao longo do século 20.

Os abstracionistas radicalizaram uma tendência típica das principais vanguardas artísticas do final do século 19 e início do século 20. Desde a invenção da fotografia, o impressionismo havia buscado novas formas de representar o mundo, distanciando-se da mera reprodução "fiel" e "imutável" dos objetos. Os impressionistas procuravam captar as impressões visuais provocadas por estes mesmos objetos em determinado momento, impressões fugidias, que poderiam variar de acordo com a luz, por exemplo. Com a eliminação dos contornos, o impressionismo produziu pinturas em que a luminosidade – e não as pessoas ou as coisas – era o principal tema do quadro.

Os pós-impressionistas e expressionistas, por sua vez, libertaram a cor e a linha de suas funções meramente representativas, exagerando propositalmente as formas, para expressar a prevalência da emoção do artista sobre o mundo real. Os cubistas, a seu modo, também romperam com a idéia da arte como imitação da natureza, ao abandonar as noções tradicionais de perspectiva e volume, retratando os objetos de vários pontos de vista simultâneos, decompostos em figuras geométricas.

Mas, a todos esses e outros movimentos que procuravam um distanciamento e uma releitura do chamado "mundo objetivo", o abstracionismo contrapôs uma recusa radical a qualquer espécie de representação. Em outras palavras, não se tratava mais de ver os objetos do mundo com novos olhos, mas de criar um universo à parte, uma realidade autônoma, criada pelo próprio artista. Era isso o que Kandinsky queria dizer com uma de suas frases mais célebres: "Criar uma obra de arte é criar um mundo",

Sites relacionados
  • Kandinsky– Página em português sobre a vida e a obra do artista.
  • WebMuseum – Galeria virtual, com informações sobre Kandinsky e reproduções ampliáveis de alguns de seus principais trabalhos.
  • Museu Guggenheim– Página da instituição dedicada a Kandinsky. Contém dados biográficos e fotos comentadas de obras do artista.
  • ArtCyclopedia– Relação e localização das principais obras de Kandinsky, espalhadas em museus e galerias de todo o mundo.
  • Folha Online – Veja tudo o que já se publicou sobre Kandinsky na Folha Online

Principais obras

1. Parque de Achityrka (1901)
 Obra ainda influenciada pelos impressionistas, 
antes da conversão definitiva do artista ao abstracionismo. 


2. Composições, Improvisações e Impressões – 
Série de quadros realizados entre 1910 e 1914, 
nos quais Kandinsky parte de formas difusas até chegar à abstração pura.








3. No Quadrado Negro (1923) – Trabalho representativo da fase em que, 
na década de 1920, Kandinsky passa a utilizar elementos geométricos.


4. Élan Tempéré (1944) – 
O último quadro pintado por Kandinsky, pouco antes de falecer. 
Fonte:  http://mestres.folha.com.br/pintores/18/

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 Fonte
:https://www.google.com

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