Claude Monet
Oscar-Claude Monet foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.
O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, Impressão, nascer do sol", quando .
Nascimento: 14 de novembro de 1840, Paris
Falecimento: 5 de dezembro de 1926, Giverny
Período: Impressionismo
Cônjuge: Alice Hoschedé (desde 1892), Camille Doncieux (de 1870 a 1879)
Claude Monet nasceu em Paris, em 14 de novembro de 1840 na 9º arrondissement.[3] Seu pai, Claude - Auguste, tinha uma mercearia modesta. Aos cinco anos, sua família mudou-se para Le Havre, na Normandia. Seu pai desejava que Claude continuasse no comércio da família, mas ele desejava pintar. Foi a sua tia Marie-Jeanne Lecadre que o apoiou a seguir a carreira artística, pois ela fora também pintora.
Em 1851, Monet entrou para a escola secundária de artes e acabou se tornando conhecido na cidade pelas caricaturas que fazia. Nas praias da Normandia, Monet conheceu, por volta de 1856, Eugène Boudin, um artista que trabalhava extensivamente com pintura ao ar livre nessas mesmas praias, e que lhe ensinou algumas técnicas ao ar livre.
Em 24 de janeiro de 1854, sua mãe morreu e, aos 16 anos, Monet abandonou a escola e foi morar com sua tia Marie-Jeanne Lecadre.
Em 1857, Monet foi para Paris estudar pintura, e foi aí que conheceu a sua primeira mulher, Camila. Monet retratou-a muitas vezes, em quadros onde ela aparecia mais do que uma vez na mesma pintura.
Estudar a arte
Em 1859 Monet mudou-se para Paris. Frequentava muito a academia suíça de Paris onde copiava os grandes pintores. Em 1861 foi obrigado a servir no Exército na Argélia. Sua tia Lecadre concordou em conseguir sua dispensa do serviço caso Monet se comprometesse a cursar arte na universidade. Deixou o exército, mas não lhe agradou o tradicionalismo da pintura acadêmica.Decepcionado com o ensino da pintura acadêmica na Universidade, em 1862 ele foi estudar artes com Charles Gleyer em Paris, onde conheceu Camille Pissarro e Gustave Courbet. Juntos desenvolveram a técnica de pintar o efeito das luzes com rápidas pinceladas, o que mais tarde seria conhecido como impressionismo.
Carreira artística
Em 1863, ajudado por seu amigo, Monet alugou um pequeno estúdio em Paris. No mesmo ano, Monet entraria para o Salão oficial de pintura de Paris: "Estuário do Sena" e "Ponte sobre Hève na Vazante".No ano seguinte, Monet novamente expôs duas telas no salão de Paris: "Camille" ou "O vestido verde" e "A floresta em Fontainebleu". A tela "O vestido verde" recebeu grandes elogios por parte dos críticos e ganhou um prêmio no salão de Paris. Em "Camille", Monet retratou Camille Doncieux, que se tornaria sua futura mulher. No ano de 1867, Monet tentou inscrever a obra "Mulheres no Jardim" no Salão, que não a aceitou. A tela era tão grande que ele construiu uma vala para poder enterrar a parte inferior e atingir a parte superior da tela ao pintar. No mesmo ano, Monet e Camille teriam seu primeiro filho, Jean.
Em 1868, Monet entrou em dificuldades financeiras, teve um quadro inscrito no Salão de Paris, "Navio deixando o cais de Le Havre", que recebeu uma crítica negativa. Recebeu, no mesmo ano, medalha de prata na Exposição Marítima Internacional de Le Havre pela tela "O molhe de Le Havre".
Em 1870, Camille e Monet se casaram três anos após o nascimento do primeiro filho do casal. No mesmo ano, com o início da guerra franco-prussiana, Monet e sua família se refugiaram em Londres. De volta à França e com o pai já morto, refugiar-se em Le Havre não o atraía mais, por isso Monet mudou-se para Argenteuil, onde passou a receber seus amigos impressionistas (Édouard Manet, Pierre-Auguste Renoir, Alfred Sisley e outros). Na cidade, o rio Sena e as belas paisagens serviram de inspiração para numerosos quadros de Monet e seus amigos que puderam pintar ao ar livre.
Em 1878, Monet mudou-se para Paris com a família devido a crise financeira. No mesmo ano, nasceria seu segundo filho, Michel. Em férias com o casal Hoschédé, Monet acabou apaixonando-se pela mulher do Sr. Hoschédé, Alice. Um ano depois, Camille Doncieux morreu de câncer aos trinta e dois anos de idade.
Em 1883, Monet mudou-se para Giverny, na Normandia. Monet trocava correspondência com Alice até a morte de seu marido em 1891. No ano seguinte ele e Alice Hoschédé casaram-se.
Na década após o seu casamento, Monet pintou uma série de imagens da Catedral de Rouen em vários horários e pontos de vista diferentes. Vinte pinturas da catedral foram exibidas na galeria Durand-Ruel em 1895. Ele também fez uma série de pinturas de pilhas de feno.
Em 1899, Monet pintou em Giverny a famosas série de quadros chamadas "Nenúfares". Em sua propriedade em Giverny, Monet tinha um lago e uma pequena ponte japonesa que inspirou a série de nenúfares. Estas obras quando foram expostas fizeram grande sucesso. Era o reconhecimento tardio de um gênio da pintura.
Monet ao pintar Nenúfares se baseou no lago e a ponte japonesa de sua própria casa, no outono, porque era nessa época do ano em que as flores caiam sobre o lago criando uma linda visão na qual Monet resolveu pintar.
A técnica de Monet para pintar quadros era bastante peculiar para as pessoas e outros artistas que o viam pintando, mas a técnica de Monet desenvolvida na época foi considerada mais tarde como umas das mais belas do mundo, que é o impressionismo, que aparenta ser de perto apenas borrões mas ao distanciar a visão, o quadro se forma nitidamente.
Últimos anos
Monet teve uma catarata no fim da sua vida. A doença o atacou por causa das muitas horas com seus olhos expostos ao sol, pois gostava de pintar ao ar livre em diferentes horários do dia e em várias épocas do ano, o que foi outra característica do Impressionismo. Durante sua doença Monet não parou de pintar, - usou nessa época de sua vida cores mais fortes como o vermelho-carne e vermelho goiaba, cor tijolo, entre outros verdes, rosas, vermelhos e cores mais fortes.Em 1911, com o falecimento de Alice e seu problema de visão, Monet perdeu um pouco a vontade de viver e pintar. Sua vontade só seria animada com a amizade de Georges Clémenceau, que lhe escrevia cartas de apoio.
Monet morreu em 1926 e está enterrado no cemitério da igreja de Giverny, departamento de Eure, na Alta Normandia, norte de França.[4]
AS MAIS BELAS OBRAS DE CLAUDE MONET
House of Parliament Sun
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Charing Cross Bridge
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Catedral de Rouen
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Waterloo Bridge, London - Claude Monet -
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Obras Entre as muitas obras de Monet, podem destacar-se:Eglise de Vétheuil
Autor Claude Monet Data 1879 Técnica óleo sobre tela Dimensões 65 cm × 50 cm Localização Museu de Orsay
Église de Vétheuil, na tradução portuguesa Igreja de Vétheuil, é uma célebre pintura de Claude Monet. Realizada a óleo sobre tela, em 1879, alguns anos após a «explosão» impressionista no Salon, e pertence actualmente à colecção do Museu de Orsay.
No Verão de 1878 a família, agora com mais um membro, Michel, instala-se numa pequena casa nas margens do Sena, em Vétheuil. Arruinados, os Hoschedé juntam-se a eles. Monet e a família permaneciam numa situação financeira quase insustentável. Monet já nem crédito tinha dos fornecedores. Enviava dia após dia cartas a Manet, a Durand-Ruel e outros amigos seus pedindo dinheiro.
Porém, no Outono, alguns dias de sol restabeleceram em Monet a coragem de pintar. Do seu célebre barco-atelier, ele pinta a margem e a pequena vila com a sua igreja românica. Esse é o tema desta obra, que é uma das mais significantes dos finais de 1879.
Para além de uma situação financeira precária, deixou consigo os dois filhos Camille, a sua esposa, que faleceu a 5 de Setembro de 1879. Monet entrou em desespero, amaldiçoou-se a si e à sua obra. Num grito de desespero Monet pinta o último retrato da verdadeira musa do impressionismo, desta vez, no seu leito de morte. Camille Monet sur son lit de mort é a tela mais significante deste período. Nessa tela, e a partir daí, as pinceladas de Monet tornam-se confusas, desregradas, furiosas e vibrantes, revelando todo o seu sofrimento pela perda da sua única modelo até então e, mais que tudo, da sua companheira afectiva.
Nesta obra, o pintor francês, a margem do Sena e os telhados e árvores da pequena povoação de Véthueil cobertos de neve, surgem com a mesma sensação. Os traços surgem abruptamente, vibrantes. As cores, que variam entre o castanho e uns resquícios de vermelho e contrastam com o branco da neve e os tons oliva das águas do Sena, parecem rodopiar pela tela sem nenhuma direcção concreta. O quadro retrata uma quase total ausência de vida. Mesmo com uma situação financeira desesperante, anteriormente à morte de Camille sentia-se uma púdica alegria nas telas do artista. Agora, não. E esta é um grande testemunho de um dos períodos mais difíceis da vida de Monet...
O quadro acasala em perfeição com o sentimento de dor e fúria de Monet e isso exprime-se a cada passagem, a cada pincelada. Mais tarde, diria Rodin, «Este é o verdadeiro Monet».
- Banhistas na Grenouillière-1869
História
Este quadro foi pintado por Claude Monet no Verão de 1869, aquando da sua estadia em Bougival.
No Verão de 1869, Monet e a sua esposa e filho fixaram-se no local, perto de La Grenouillère. Trabalhando lado a lado com Pierre-Auguste Renoir, Monet pintou preferencialmente este tipo de cenas pouco quotidianas, mas muito populares na sociedade parisiense.
Hoje, a tela encontra-se na National Gallery of London, em Londres, no Reino Unido.
O tema
O tema principal da pintura são os banhistas no Sena, em Bougival. Entretanto, Monet fez também referência a outros elementos.
Esta pintura reflete o gosto popular pelos passeios de barco e pelos banhos de rio e faz elegante referência aos conhecidos cafés-fluviais do rio Sena. Todavia, a cena representada passa-se, não em Paris mas sim nos seus arredores, mais precisamente em Bougival, local muito popular entre os impressionistas da França e muito retratado pelos mesmos.
Monet,anos antes de 1869, havia sido aluno de Eugène Boudin e até foi este que o aconselhou na pintura fora do atelier. Certo dia, Boudin referiu que a pintura ao ar livre, sem paredes por perto, nos dava uma liberdade estupenda e, enquanto num atelier o pintor tem tendência a modificar ecleticamente as suas obras, de forma a que estas se tornem mais prudentes e prodigiosas entre a sociedade, na pintura ao ar livre o pintor ganha liberdade e não faz senão aquilo que vê na sua frente, perante os seus olhos.
Monet começou a seguir este conselho e começou a pintar fora do atelier. A partir daí, a sua obra aparece magnânima e revitalizada, fresca e pintada directamente sem detalhes substanciais que faria se pintásse num atelier. Este quadro, porém, vai ainda mais além disso e, tal somente se consegue na perfeição em telas de grandes tamanhos.
Esta é sem dúvida uma das melhores e mais excepcionais obras de Claude Monet e há que fazer ainda referência à exímia paleta de cores e a um particular interessante: mediante a longividade do elemento pintado, maior é a sua disturção, ou seja, enquanto nos barcos atracados na margem do Sena são visíveis até alguns pormenores e o cascos têm-se detalhados, as pessoas que passam na ponte e, melhor exemplo, as árvores e os banhistas no fundo da composição, surgem quase «deformados», distorcidos, sem o mínimo detalhe.
As cores da água e os efeitos luminosos nesta foram por Monet excelentemente retratados, o que mostra a sua extrema maturidade e experiência a nível da cor e o seu conhecimento sobre esta.
É por estes factos que Claude Monet é considerado o melhor dos impressionistas, e nem o seu antigo mestre, Boudin, conseguiu ir tão longe no estudo dos elementos da pintura.
Coin d' atelier
Autor Claude Monet Data 1861 Técnica óleo sobre tela Dimensões 1.82 cm × 1.27 cm Localização Museu de Orsay
Coin d'atelier, na tradução portuguesa Canto de atelier, é uma pintura do francês Claude Monet. Realizada a óleo sobre tela em 1861, a tela integra a colecção do Museu de Orsay, em Paris, e marcou a fase inicial da carreira de pintor de Monet.
Dotado de uma percepção espacial e lumínica invulgar, Claude Monet, manifestou desde cedo interesse pela pintura e pelas artes na sua generalidade. Quando olhamos para esta pintura de 1861, quando o artista ainda estava somente a explorar a sua capacidade artística, percebemos várias coisas.
Monet esforçou-se para representar as cores úmidas da caixa de pinceís e a tinta pastosa que consome a madeira da paleta, o veludo baço da boina vermelha, a lombada usado dos velhos livros e as partes metálicas das armas, sob um excêntrico e sumptuoso papel de parede. É claro que não atingiu a perfeição de um Impression, soleil levant, mas, neste início de carreira, e observando a natureza-morta, percebemos qual o verdadeiro projecto de Monet: a luz.
A obra impõe-se claramente na sua juventude. A paleta varia entre os restos de verde, vermelho, amarelo e preto, compondo uma exuberante composição temática, cuja ênfase seria muito menor sem o papel de parede. Este representa uma ribeira e as suas margens e conferem um exotismo mútuo de uma ponta à outra da tela. Destaca-se da composição a mesa de madeira torneada, que surge em primeiro plano, e parece sair da tela.
Com uma importância notável na carreira artística de Monet, a obra é muitas vezes ignorada.
Mulher sentada num banco
Autor Claude Monet Data 1874 Técnica óleo sobre tela Dimensões 73,7 cm × 55,9 cm Localização National Gallery
Femme assise sur un banc, na tradução portuguesa Mulher sentada num banco, é uma pintura do impressionista Claude Monet. Realizada a óleo sobre tela em 1874, a obra está exposta na National Gallery, em Londres, Reino Unido, por empréstimo da Tate Gallery.
Exemplar impressionista, a pintura concebida dois anos após a realização do maior marco da carreira de Monet, Impression, soleil levant, tem um tema peculiar representado de maneira peculiar, neste período da vida do artista.
O observador da pintura contempla-se com a imagem de uma mulher ainda jovem, sentada de pernas elegantemente traçadas num banco de jardim, resguardada da luz pela sombra das árvores que a sucedem na composição. O que torna a pintura peculiar é que este tema («mulheres no jardim») já tinha sido explorado na fase inicial de Monet, em meados da década de sessenta. A tela representou para o pintor um revisitar do tema e do seu próprio passado artístico. Acontece que, nessa época, as telas exibiam articulações e detalhes realistas, sorvidos de Manet. Basta reparar em Femmes au jardin. Nesta pintura isso não acontece. Monet insurgia-se contra as marés da sociedade, que remavam em oposição à modernidade, e impunha o seu próprio estilo. Essa é grande marca de Monet, algo visível neste quadro.
A modelo, que foi também a primeira esposa de Claude Monet e a musa do impressionismo, Camille Monet, era de facto uma modelo profissional, que chegou a posar para vários outros artistas, incluindo Degas.
Provavelmente, esta pintura foi realizada no Verão de 1874 em Argenteuil. O fundo assemelha-se a uma estampa japonesa, e é nesta tela que Monet começa a exprimir o interessa pelo estilo japonês, em voga na época, e que culminou no sacrifício de Madame Monet en costume japonais. O exercício tonal também é frenético e o traço do pintor é seguro e muito ágil. O quadro tem uma estética quase explosiva no segundo plano, frenética e brilhante, que vai acalmando à medida que se chega ao centro da tela. A modelo transparencia paz e reverência, com uma expressão serena e subtil, contrasta com o resto da composição.
A pintura pertence à Tate Gallery mas está exposta, através de um empréstimo, na National Gallery.
Femme en blanc au jardim Autor Claude Monet Data 1867 Técnica óleo sobre tela Dimensões 82 cm × 100 cm Localização Museu do Hermitage
Femme en blanc au jardin, cuja tradução portuguesa é Mulher de Branco no jardim ou somente Mulher no jardim, é uma pintura do impressionista Claude Monet. Datado de 1867, é um óleo sobre tela, actualmente conservado pelo Museu do Hermitage, em São Petersburgo, na Rússia.
O quadro retrata uma mulher vestida de branco, sob a sombra do seu guarda-sol, de pé sobre a relva de um jardim, apreciando as flores. A tela exibe uma rica paleta de cores, baseada no verde, e um domínio soberbo sobre a luz e a conjugação desta com os elementos naturais.
A modelo do quadro é Marguerite Lecadre, prima do artista, e o jardim pertence à casa da modelo, em Havre, onde Monet e a família estavam hospedados e onde, dez anos antes, em 1857, tinha falecido a mãe de Monet.
A pintura é uma das mais célebres deste período de Monet, cujo interesse se voltava para mulheres em convívio no jardim. Femmes au jardin antecede esta pintura, e as duas antecedem o Impressionismo, criado em 1873. Neste quadro notam-se vagas passagens características da técnica impressionista que Monet exploraria após a formação oficial do grupo.
Impressão, nascer do sol
Autor Claude Monet Data c. 1872 Técnica óleo sobre tela Dimensões 48 cm × 63 cm
Impression, soleil levant, traduzido para português Impressão, nascer do sol, é a mais célebre e importante obra do impressionista Claude Monet. É um óleo sobre tela, datado de 1872 (mas provavelmente realizado em 1873), que representa o nascer da matina no porto de Havre, com uma cerrada névoa sobre o estaleiro, os barcos e as chaminés no fundo da composição.[1] Está exposta no Museu Marmottan.
No quadro, antes de tudo, consegue imaginar-se fielmente uma grelha por detrás da pintura, que Monet terá utilizado, sobre a qual, solidamente, são sorepostas pinceladas de tinta sem grandes misturas, ou seja, as tintas originais. A sobreposição de cores originais, cruas, sem misturas, é uma grande característica da técnica impressionista, continuada a partir do momento em que os espectadores e os artistas se deram conta de que conseguiam obter resultados mais próximos da realidade.
A partir desta tela nasceu o movimento impressionista. Foi exposta pela primeira vez no antigo estúdio do fotógrafo Nadar, a 15 de Abril de 1874,numa fracassada exposição, abatida pela crítica, que troçou, inclusivé, do próprio nome do quadro. Na exposição constavam igualmente obras de Boudin, Sisley, Degas e Renoir.
Embora fracassada, a exposição converteu alguns dos espectadores mais liberais a esta nova tendência, que viria, mais tarde, a resultar na Arte Moderna. Esta pintura rompeu com todos os padrões tidos até à altura e com as barreiras realistas que ainda sobressaiam. Como tal, a pintura marcou uma profunda revolução social, embora demorada.
A idéia principal dos pintores impressionistas é que,a imagem pareça, quase que completamente, iluminada pelo sol.Para conseguir este feito,o autor implica à sua tela pinceladas em tons mais claros(áreas iluminadas pelo sol) e tons mais escuros (áreas sombreadas).
Le Pont Neuf
Autor: Claude Monet Data 1871 Técnica óleo sobre tela Dimensões 51,6 cm × 72,3 cm Localização Museu de Arte de Dallas
Le Pont Neuf (A Ponte Nova, em língua portuguesa) é uma pintura do francês Claude Monet. Realizada em óleo sobre tela em 1871, a obra retrata uma cena do quotidiano parisiense, na célebre Pont Neuf. Actualmente integra o espólio do Museu de Arte de Dallas.
Monet retornou a Paris no Inverno de 1871, depois de mais de um ano exilado no Reino Unido e nos Países Baixos, durante a ocorrência da Guerra Franco-Prussiana. A capital francesa, após o seu regresso, continuava estagnada, situação que fez explodirem algumas revoltas e empreenderam-se greves várias. Monet somente concebeu um trabalho durante este conturbado período de pós-guerra. La Pont Neuf foi essa obra.
A estrutura temática leva o espectador a colocar os olhos sobre uma cena quotidiana parisiense de 1871, dois anos antes da revolução impressionista, de um Inverno chuvoso, tal como o período histórico em que se vivia. A cena desenrola-se sobre a Pont Neuf (Ponte Nova), uma das mais célebres e reproduzidas pontes parisienses, num primeiro plano. O segundo plano desenrola-se sobre as águas do rio Sena, dado pelos barcos atracados e pelos que empreendem a travessia. A composição da obra, cuja base parece sobrepor três pentágonos da margem direita para a esquerda do quadro, joga com os três rectângulos no fundo da cena, formados por três conjuntos de prédios diferentes.
No exercício cromático, a paleta varia entre resquícios de verde oliva e azul, juntamente com púrpura e amarelo torrado, com o branco - que se dá pelo fumo expelido das chaminés dos barcos no Sena - e com uma subtil invasão do cinzento. O local - na tela - para cada tonalidade é quase escolhido geometricamente. O semi-pentágono que retrata o Sena, a verde. Sobre a ponte e nos rectângulos que compreendem os edifícios da direita e da esquerda, o amarelo e umas introduções de branco. No céu e no rectângulo do fundo, o cinzento, com a ligeira diferença de que este último conserva tonalidades azuladas. Os transeuntes e os veículos são retratados em púrpura.
É uma obra profunda e triste, cujas cores tornam a percepção e a localização histórica do período mais fácil de visualizar e compreender.
La Seine à Asnières
Autor Claude Monet Data 1873 Técnica óleo sobre tela Dimensões 46.4 cm × 55.5 cm cm Localização Museu do Hermitage
La Seine à Asnières é uma pintura de Claude Monet. Realizada em 1873 a óleo sobre tela, a obra, ofuscada pelo brilhantismo de Impression, soleil levant (pintado no mesmo ano), pertence à colecção do Museu do Hermitage, em São Petersburgo.
Asnières, localizada nas proximidades de Paris, era uma comunidade independente no século XIX, popular como local de recreio da nova burguesia parisiense e pelo seu pequeno porto, onde atracavam variados barcos e onde os pescadores, matinalmente, descarregavam a sua carga.
Além de atrair a burguesia que, querendo manter-se alheia à confusão da grande metrópole francesa nos tempos de recreio, procuravam o abrigo da povoação, o local atraiu os amigos que pouco tempo mais tarde formariam o Grupo dos Impressionista. Monet, o «líder», foi o primeiro a frequentar o local.
Neste quadro, o tema são os bancos de areia nas margens do Sena, em frente à população. Do rio, vêem-se as duas margens. De uma delas, na margem esquerda da tela, não mais se vê do que uma pequena porção de areia e uma quantidade massiva de barcos atracados deste lado do rio oposto à povoação, visível em segundo plano.
Apesar da brilhante representação dos reflexos das embarcações e das casas nas águas do Sena, o mais interessante no quadro é mesmo o segundo plano. O segundo plano é formado pela outra margem do rio, pelo casario disposto irregularmente e pelas árvores que o sucedem. A disposição aparentemente confusa das casas, coordena um encadeamento rítmico destas, numa sequência feita desde a margem direita da tela até à margem esquerda, com as árvores.
Seguindo a sequência supra-apresentada, as casas maiores, nomeadamente as mais nobres, localizam-se à margem direita da tela, as de altura média, dispostas de forma frenética, a meio da tela, e as mais baixas, na margem esquerda. As árvores merecem a mesma coordenação que as casas, sendo que as maiores, nomeadamente ciprestes, sucedem as casas mais altas, e assim sucessivamente até à margem esquerda do quadro.
O quadro reflecte uma cena perto do final da tarde. Não é somente uma vista sobre uma zona de recreio em voga, mas, mais do que isso, é uma enfática composição poética construída sobre a impressão da luz do sol da tarde sobre a povoação piscatória, antes do pôr-do-sol e da queda da noite no local.
O quadro foi transferido da Alemanha para o Museu do Hermitage, em São Petersburgo, Rússia, após a Segunda Guerra Mundial.
Les bateaux rouges
Autor Claude Monet Data 1875 Técnica óleo sobre tela Dimensões 55 cm × 65 cm Localização Musée de l'Orangerie
Les bateaux rouges, na tradução portuguesa Barcos vermelhos, é uma pintura impressionista do francês Claude Monet. Realizada a óleo sobre tela, nos arredores de Argenteuil em 1875, pertence ao espólio do Musée de l'Orangerie, em Paris.
O tema é regular na obra de Monet, representando o quadro alguns barcos atracados em Argenteuil, entre eles dois barcos vermelhos. É uma tela de técnica puramente impressionista, pintada no mesmo ano em que concebeu Madame Monet en costume japonais, e, se comparadas as duas telas, embora com temas distintos, têm um particular em comum: o vermelho. Isto está indirectamente relacionado com a invasão da Europa pelo excêntrico estilo japonês, que colocou em voga o vermelho, que até então estava um pouco abandonado.
Em ambas as telas o pintor coloca a quantidade certa de vermelho na pintura, ligando-o ritmicamente com a restante composição. Nesta obra, o vermelho sobressai no casco dos barcos de pesca e no reflexo na água, salpicada de um verde lodoso.
A composição mistura tons frios com tons quentes, ambos muito diferentes, mas também pintados de uma forma frenética, que faz com que o olhar do espectador seja controlado pela cor dos barcos. As cores parecem ganhar vida e rodopiar, respeitando uma grelha imaginária colocada por Monet nas suas telas, tornando as formas um pouco simétricas.
Na orla esquerda do quadro, duas pessoas, entre elas uma mulher trajada de branco sob um guarda-sol, admiram a paisagem. No fundo da telas, e atrás das duas observadoras figuras, vêem-se casas e até uma pequena igreja, cuja torre sobressai com um telhado azul escuro, difuso no horizonte.
Proeminente ensaio lumínico de ênfase impressionista, esta tela reside entre os melhores trabalhos de Claude Monet.
Madame Monet en costume japonais
Autor Claude Monet Data 1875 Técnica óleo sobre tela Dimensões 231,8 cm × 142,3 cm Localização Museu de Belas Artes de Boston
Madame Monet en costume japonais ou La japonaise, na tradução portuguesa Madame Monet trajando um kimono ou A japonesa, é um célebre quadro do impressionista francês Claude Monet. Realizado a óleo sobre tela em 1875, pertence à colecção do Museu de Belas Artes de Boston, nos EUA. Foi exibido pela primeira vez em 1876.
O Japão só se abriu ao Oriente em meados do século XIX. Nesta altura, cerca de 1875, era já uma moda. O Ocidente, principalmente a Europa - que firmemente ditava as modas, não só no continente, como no resto do mundo ocidental -, havia deixado de lado a influência chinesa. A chinoiserie era já um marco do passado. Com a abertura do Japão ao mundo ocidental, notou-se uma instabilidade cultura em que se potenciavam, no Japão, as influências ocidentais (principalmente as dos EUA), e, na Europa, as influências japonesas. Terá sido uma excêntrica troca de culturas.
As estampas japonesas, cujos motivos de excelência se contavam entre montanhas e o oceano, mas todas pautadas por um notável encadeamento rítmico, influenciaram os pintores da época, e Monet não fugiu à regra. Mais tarde, a pintura perturbada e perturbante de Vincent van Gogh viria a reflectir mais claramente este gosto orientalista.
A esta moda sacrificou-se Monet, quando pintou La Japonaise. A modelo é a esposa de Monet, Camille. Trajada com um magnifico kimono bordado até ao mais ínfimo pormenor, cujas orlas bordadas em relevo parecem animadas, vivas, Camille posa para Monet voltada para o pintor. A modelo abana, com uma suavidade e leveza reforçada pela palidez das mãos e do rosto, um leque tricolor (cujas cores são iguais às da bandeira francesa) e olha o espectador com um terno olhar sedutor.
A luz incidente nos seus louros cabelos faz jus à luz adjacente dos bordados dourados. Contudo, não são verdadeiros. Camille usa uma peruca.
Ao fundo, numa parede de tons oliva, também em voga na altura, estão dispostos vários leques, espalhados ao acaso. Reflectem o gosto da época, e Camille de japonesa só tem a roupa. Ou seja, o quadro é uma farsa japonesada, um sacrifício de Monet ao gosto orientalista da época em que se situava. E, com efeito, vendeu a tela pela respeitável soma de 2000 francos.
Nenúfares (1904)Autor Claude Monet Data 1904 Técnica óleo sobre tela Dimensões 81 cm × 100 cm Localização Colecção privada
Nenúfares é um óleo sobre tela de Claude Monet, pintado no ano de 1904, nos arredores de Paris. Foi vendido no dia 19 de Junho de 2007 na Sotheby's, em Londres a um comprador anónimo por 26 milhões de Euros [1], o terceiro mais alto valor de sempre de um Monet.
O quadro retrata os nenúfares no lago do jardim do pintor, em Giverny. A tela é um testemunho vivo da busca pela perfeição lumínica de Monet, nos seus trabalhos. A paleta de cores é exuberante, variando entre verdes, castanhos, azuis e rosas esquiços ou salmão, remetendo-nos para o início da matina, o nascer do sol. Na água do lago estão patentes perfeitos reflexos das árvores, que rodeiam o lago de Giverny.
Esta tela pertence à célebre série de pinturas do mesmo nome que o presente trabalho: Nenúfares. Esta é talvez o melhor trabalho pertencente à série, e é considerado um dos mais prodigiosas pinturas concebidas por Monet.
Ao contrário de algumas das telas da mesma série, esta não exibe qualquer vestígio de movimento. Pelo contrário, o lago e os seus nenúfares parecem estáticos, imóveis. As cores e o jogo lumínico remetem o espectador para o nascer da manhã, no jardim do pintor, muito frequentemente retratado pelo impressionista. Monet (1840-1926) começou como ilustrador e caricaturista, atividades em que alcançou certa fama quando ainda era praticamente adolescente.
Em 1856 conheceu o pintor francês Boudin, que além de iniciá-lo nas técnicas da pintura paisagística ensinou-o a pintar ao ar livre, para captar melhor as cores e a luz. Três anos depois, mudou-se do Havre, onde vivia com os pais, para Paris, começando a estudar na Academia Suíça. Alguns anos mais tarde cursou a Escola de Belas-Artes, no ateliê de Gleyre, onde fez amizade com Renoir, Sisley e Bazille. Depois de uma tentativa de suicídio em 1868, Monet viajou para Londres com Renoir, fugindo da guerra com a Prússia. Lá conheceu Daubigny, e por meio dele o marchand e dono de galeria Durand-Ruel.
Seus quadros de Londres refletem o interesse do jovem pintor pela pintura oriental e pela fotografia. O espaço e a perspectiva são obtidos pela contraposição de estruturas geométricas e um intenso contraste cromático. Depois da apresentação em Paris, em 1874, do seu quadro Impressão, Sol Nascente (1869) ele e todo o seu grupo de amigos foram mencionados por um conhecido crítico de arte como impressionistas e mais depreciativamente como "a turma de Monet". Aos poucos, foi abandonando as tonalidades escuras e tenebrosas de suas primeiras obras e adotou uma paleta de cores frias e ao mesmo tempo transparentes.
Em Argenteuil, passa a pintar com Sisley e Pissarro, tanto no inverno quanto no verão. Além das paisagens, tentou incluir motivos da vida moderna, como as locomotivas. Deu início também aos seus célebres quadros de catedrais, de contornos quase inexistentes, em que a forma é dada pela reprodução da luz e da cor. A síntese de sua obra são os quadros que compõem a série Ninféias, especialmente o Tanque dos Nenúfares. Monet foi o mais puro representante do espírito impressionista.
Natureza-morta com melão
Autor Claude Monet Data c. 1872 Técnica óleo sobre tela Dimensões 53 cm × 73 cm Localização Museu Marmottan
Nature morte avec melon, na tradução portuguesa Natureza-morta com melão, é um pintura de Claude Monet. Realizada a óleo sobre tela em 1872, é uma natureza-morta, das poucas que se conhecem na temática de Monet. Integra a colecção do Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal.
A pintura, realizada em 1872, ano de que é datado Impression, soleil levant, embora se pense que este foi concebido no ano seguinte, possivelmente terá resultado da inspiração em Henri Fantin-Latour. Latour procurou representar de forma clássica, académica, o tema, mas Monet, encontrando paralelo noutro pintor com apelido parecido, Manet, preferiu incorporar a sua própria apreciação e um conteúdo subjectivo intencional ao objectos inanimados.
As formas esféricas e circulares sucedem-se estruturadamente na pintura. Os frutos estão pautados por um encadeamento rítmico e cromático subtil com os objectos de porcelana chinesa dispostos sobre uma toalha branca, mantendo uma coerência plástica. Através de um jogo lumínico sublime, Monet raspa a pintura ao ar livre, tão apreciada por si, por Boudin - que teve uma importância fulcral na carreira artística e na obra de Claude Monet - e pelos outros impressionistas. A luz que invade a superfície da tela dá alas para imaginar um amanhecer, conferindo à obra de Monet uma percepção diferente do comum.
Esta é uma obra rara pois poucas naturezas-mortas são conhecidas de todo o trabalho de Monet, e ainda mais sendo desta época, pois Monet só se começou realmente a interessar pelo estilo em meados de 1880, meio ano após a sua esposa, Camille Monet, ter falecido. A obra pertenceu a Durand-Ruel.
Le Bassin aux Nymphéas
Autor Claude Monet Data 1919 Técnica óleo sobre tela Dimensões 100,4 cm × 201 cm Localização Colecção privada
Le Bassin aux Nymphéas é um óleo sobre tela de Claude Monet, pintado no ano de 1919, em Giverny.
O quadro foi criado quando Monet já estava quase cego. No jardim desta sua casa, onde morreu, existiam os nenúfares que ele reproduziu em vários dos seus quadros.
Foi vendido no dia 24 de Junho de 2008 na Christie's, em Londres por 40,9 milhões de libras (51,6 milhões de euros), batendo o recorde mundial para uma obra de Monet.
Regata em Argenteuil
Autor Claude Monet Data 1872 Técnica óleo sobre tela Dimensões 48 cm × 75 cm Localização Museu de Orsay
Regata em Argenteuil é um óleo sobre tela de Claude Monet, pintado no ano de 1872.
Está no Museu de Orsay em Paris desde a sua abertura em 1986.
Dans la Prairie
Autor Claude Monet Data 1876 Técnica óleo sobre tela Dimensões 60 cm × 82 cm Localização Colecção privada
Dans la Prairie - Na Pradaria é um óleo sobre tela de Claude Monet, pintado no ano de 1876.
A pintura retrata a esposa do pintor, Camille, lendo num campo florido. Foi exibida pela primeira vez em Paris, em 1877.
Foi leiloado em 4 de Fevereiro de 2009, pela Christie's de Londres por 11,2 milhões de libras (16,16 milhões de dólares).
Fonte:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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