Histórico
O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG localiza-se onde, antes, funcionava a Fazenda Boa Vista, propriedade da família Guimarães. Desapropriada, no início do século XX, pela Comissão Construtora de Belo Horizonte, a nova capital de Minas Gerais, a fazenda foi adquirida pelo Governo do Estado e recebeu o nome de Horto Florestal.
Mais tarde, em 1912, com o objetivo de impulsionar suas atividades agroindustriais, o Estado de Minas Gerais transformou o Horto Florestal em uma Estação Experimental de Agricultura. Pouco tempo depois de sua criação, a Estação Experimental já distribuía centenas de mudas aos agricultores mineiros, além de sediar vários cursos a respeito da “Campanha do Reflorestamento”, projeto da Secretaria de Agricultura do Estado.
Em 1953, visando a ampliar, ainda mais, os trabalhos de pesquisas agronômicas da Estação, o então Governador do Estado, Milton Campos, criou, no local, o Instituto Agronômico. Nessa época, um prédio de 530 m2 foi construído para abrigar novos laboratórios de Citologia, Fisiologia, Plantas Ornamentais, Silvicultura e Botânica. Hoje, o mesmo prédio abriga a Secretaria Administrativa e a Biblioteca do MHNJB/UFMG. Além dessa edificação, outras seis foram construídas no local e utilizadas, então, como residência pelos técnicos do Instituto e suas famílias. Atualmente, essas casas sediam os setores de pesquisa do Museu.
Ao longo das décadas de 1950 e de 1960, o Instituto Agronômico alcançou reconhecimento internacional e contribuiu muito para o desenvolvimento de pesquisas agronômicas e de práticas de agricultura em todo o estado de Minas Gerais. Apesar de todos os benefícios que implicou para a população, a manutenção do Instituto tornou-se onerosa para o Estado. Assim, no final dos anos 1960, suas pesquisas foram interrompidas e sua área dividida e doada a entidades sem ligação com a agricultura. Uma das fatias desse terreno foi transferida para a UFMG, que nela, posteriormente, instalou seu Museu de História Natural.
Origem
A origem do Museu de História Natural remete à extinta Sociedade Mineira de Naturalistas. Fundada na Faculdade de Filosofia da UFMG, em 19 de outubro de 1956. A Sociedade objetivava estimular atividades ligadas às pesquisas científicas e criar um Museu de História Natural em Belo Horizonte.
Apesar dos esforços de cientistas e estudantes do curso de História Natural para criação do Museu na época, foi só no fim da década de 1960 que a idéia conseguiu tornar-se real. Em 28 de fevereiro de 1968, pelo Decreto no 62317, do Presidente Arthur da Costa e Silva, determinou-se uma reformulação da estrutura das universidades brasileiras. O ato, conhecido como Reforma Universitária, implicou muitas mudanças e instituiu, entre várias medidas, a criação de um Museu de História Natural vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e ao Instituto de Geociências (IGC) da UFMG.
O Instituto Agronômico, então, com suas pesquisas paralisadas e sua área verde cada vez mais devastada, foi o local escolhido para sediar o Museu. Após a necessária negociação com o Estado e com base em um levantamento de toda a área, o Museu foi instalado em parte do terreno do Instituto. Uma área de 439.000 m2 foi, então, cedida à UFMG mediante um Convênio de Comodato, assinado, em 12 de agosto de 1969, entre o Estado de Minas Gerais e a Universidade. Segundo o Convênio, a UFMG tinha direito ao uso da área por cinco anos, com direito à renovação desse prazo. No mesmo documento, ficou acordado que a Universidade forneceria verbas e pessoal técnico para a instalação do Museu. O apoio financeiro foi dado, nesse caso, pelo Conselho de Pesquisa e Extensão (CEPE) da UFMG. Finalmente, Belo Horizonte ganhava um centro de pesquisa e preservação de História Natural.
Em 1973, outro Convênio de Comodato firmado entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a UFMG anexou ao Museu mais 150.000 m2 de mata nativa, contígua à área do Museu de História Natural, para a criação de um Jardim Botânico. A área total do Museu, incluindo a do Jardim Botânico, foi doada à UFMG em 1979.
Em 1994, o Museu deixou de ser subordinado ao ICB e ao IGC para se tornar Órgão Suplementar ligado diretamente à Reitoria da UFMG. A aprovação de um Regimento Interno, um verdadeiro marco em sua história, facilitou os processos administrativos, bem como possibilitou um maior crescimento financeiro do atual Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais (MHNJB/UFMG).
Museologia
Acervo
Acervo
O acervo do Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) conta com aproximadamente 70.000 peças de caráter científico-cultural de valor inestimável, que foram adquiridas e incorporadas através de coletas e doações ao longo da existência da instituição.
Coleção de Lepidópteras (Borboletas)
Além desse, o MHNJB encontra-se inserido numa área verde de preservação ambiental de 600.000 m2 que constitui importante patrimônio natural.
O MHNJB dispõe também de arquivo documental e fotográfico que resgata a memória institucional e de seu acervo museológico.
As coleções do MHNJB
estão organizadas de acordo
com as seguintes áreas de pesquisa:
• Arqueologia Pré-Histórica - material orgânico, cerâmico, lítico, esqueletais e de arte rupestre.
• Arqueologia Histórica - vestígios e áreas patrimoniais que remontam a organizações humanas a partir da escrita.
• Paleontologia – fósseis botânicos e faunísticos.
• Geologia - minerais, gemas, rochas e minérios.
• Zoologia - espécimes ornitológicos, mastozoológicos, ictiológicos, entomológicos, entre outros.
• Botânica - exicatas e carpoteca regional.
• Etnologia Indígena - artefatos da Cultura Maxacali e a Coleção Victor Dequesh.
• Arte Popular - Presépios do Pipiripau - Pipiripin e artefatos cerâmicos do Vale do Jequitinhonha.
• Iconografia - fotografias e documentos do MHNJB
Li
Fonte:
Instituto Agronômico de Minas Gerais
http://www.mhnjb.ufmg.br/museologia_acervo.html
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