Ads not by this site
Portão de Ferro - Quarta CordaGostei 1 Não gostei 0
Publicado em 01/08/2012
Quarta Corda é o nome do livro escrito pela poeta mineira Maria Emilia de Figueiredo Castro Goulart que originou uma "homenagem musical" feita por vários artistas mineiros, dentre eles, Bernardo Gontijo (bisneto), Pedro Gontijo (bisneto) Andre Lanari, Bruno Tonelli, Camila Costa, Samuel Boy, Lucas Ucá, Thierres, Jean Wilker, Felipe de Barros, Eric Camisassa, Bruno Miguelão Verso Venenoso, Kissia Tartaglia, Thyala Serena, Aline Vianna, Paulo Peixoto.
"Maria Emília de Figueiredo Castro Goulart, uma vida dedicada ao ensino com amor e ideal, é, pode-se dizer uma precursora da educação Artística, como componente imprescindível ao currículo escolar. Também foi precursora dos direitos e da participação femininos, ao candidatar-se a vereadora, em tempos que a mulher era negada até mesmo o direito da livre expressão."
quartacorda
CONHECE A HISTORIA POR TRÁS DA QUARTA CORDA?
:::Projeto musical “Quarta Corda” resgata memória familiar:::
por ALINE VIANA
Certa numeração da rua Teresa Mota Valadares, no bairro Buritis, região oeste de Belo Horizonte, foi reduto de constantes e intensas “madrugadas musicais”. Durante cerca de seis meses, o (futuro) arquiteto por formação e músico por conspiração do universo, Bernardo Gontijo Coura abriu as portas de seu estúdio, localizado no pilotis do prédio onde reside, para receber amigos músicos em horários alternativos. O motivo desses encontros boêmios – acreditem! - era uma missão familiar: musicar poesias escritas por sua bisavó, Maria Emília de Figueiredo Castro Goulart, uma personalidade da capital mineira, que construiu sua história entre os anos de 1911 e 2004.
Mulher a frente do seu tempo, Maria Emília se destacou por sua astúcia e sensibilidade. Símbolo de luta, dignidade, inteligência, vivacidade e obstinação, a bisavó de Bernardo Gontijo participou da ampliação da informação educacional e democratização do acesso ao ensino em Minas Gerais. Passou de aluna dedicada à professora qualificada, sendo precursora da educação artística, dos direitos e da participação feminina em locais, até então, “masculinos” como a política. Redatora e cronista em grandes veículos de Minas, escritora de cerca de quatrocentas radionovelas, diversas peças para teatro e livros educacionais, Maria Emília também era um ser musical.
Começou a escrever poesias bem cedo e com mais de 70 anos decidiu reunir algumas no livro musicalmente intitulado “Quarta Corda”, dedicado a amigos, filhos, netos e bisnetos. Com 210 poesias, o livro foi lançado em 1986, um ano antes do nascimento do bisneto predestinado a comandar a missão de dar ainda mais vida a esta obra. “A ideia de musicar as poesias surgiu quando eu e meu primo, Pedro Gontijo, começamos a compor no ano de 2000. Mas havia sido apenas uma ideia, até pela nossa falta de maturidade musical. Em 2010, despretensiosamente, mostrei o livro a alguns amigos músicos, e assim fizemos a primeira composição, alterando partes da poesia para adaptá-la aos arranjos”, relata Bernardo.
A ideia ganhou força ao ser compartilhada também com os amigos Bruno Tonelli, André Lanari, Samuel Boy, Camila Costa, Felipe de Barros, Eric Camisassa, Paulo Peixoto, Thiers Garbazza e Jean Wilker, músicos que se deixaram inspirar pelos escritos da “bisa” e passaram a respirar o projeto. “Não houve um processo de escolha dos músicos. Os amigos apareciam no estúdio, escolhiam uma poesia e criavam. Assim todos que passavam por lá durante as “madrugadas musicais” participavam.”. Bernardo conta que ao longo dos dias as composições foram se intensificando e o projeto ganhando asas. “Fomos nos desprendendo da timidez de compor. Até o processo de escolha das poesias se dava aleatoriamente. A primeira página que a gente abrisse continha a próxima música.”. O músico acrescenta que a maioria das composições foi feita e gravada na mesma hora, no primeiro take, comprovando o processo natural de criação.
Tantas noites sem dormir resultaram no CD homônimo ao livro, composto por 20 faixas. “Quarta Corda”, o disco, é uma homenagem póstuma ao ente que passou a ser querido por todos que participaram desta viagem ao “Belo Horizonte antigo”. A pergunta que não quer calar diante desta verdadeira demonstração de afeto e valorização familiar é: qual foi a reação da família ao ouvir o disco? Segundo Bernardo Gontijo, além de unir os amigos, o projeto musical “Quarta Corda” fortaleceu também a união da família. “Todos ficaram super emocionados! Cheguei a ouvir que foi o melhor presente da vida, outro não teve coragem de escutar, pois iria se emocionar... Foi muito bom até para dar força à união da família, que estava se distanciando.”.
Resumidamente, tanto as páginas do livro, quanto as melodias do CD relatam os “croquis de uma velha Belo Horizonte” pela óptica de Maria Emília de Figueiredo Castro Goulart, cuja mente livre percorria lugares e detalhes com a “fugacidade” de um “avião” que sobrevoa “casas”. Tais viagens através de tanta sensibilidade registraram sensações, sentimentos e experiências, ora com certo “ceticismo”, ora transbordando “esperança”. Talvez parte desses testemunhos sejam resultado de uma percepção visual afetada por alguma “ilusão”, “miragem” ou resquícios de “saudade” do vai e vem de um “portão de ferro” enferrujado pelo tempo contado a cada “anoitecer”. Talvez. Mas certamente Maria Emília foi uma “mestra” que, como num “flash”, expressou “reminiscências” de “uma vida em tom maior”.
:::Projeto musical “Quarta Corda” resgata memória familiar:::
por ALINE VIANA
Certa numeração da rua Teresa Mota Valadares, no bairro Buritis, região oeste de Belo Horizonte, foi reduto de constantes e intensas “madrugadas musicais”. Durante cerca de seis meses, o (futuro) arquiteto por formação e músico por conspiração do universo, Bernardo Gontijo Coura abriu as portas de seu estúdio, localizado no pilotis do prédio onde reside, para receber amigos músicos em horários alternativos. O motivo desses encontros boêmios – acreditem! - era uma missão familiar: musicar poesias escritas por sua bisavó, Maria Emília de Figueiredo Castro Goulart, uma personalidade da capital mineira, que construiu sua história entre os anos de 1911 e 2004.
Mulher a frente do seu tempo, Maria Emília se destacou por sua astúcia e sensibilidade. Símbolo de luta, dignidade, inteligência, vivacidade e obstinação, a bisavó de Bernardo Gontijo participou da ampliação da informação educacional e democratização do acesso ao ensino em Minas Gerais. Passou de aluna dedicada à professora qualificada, sendo precursora da educação artística, dos direitos e da participação feminina em locais, até então, “masculinos” como a política. Redatora e cronista em grandes veículos de Minas, escritora de cerca de quatrocentas radionovelas, diversas peças para teatro e livros educacionais, Maria Emília também era um ser musical.
Começou a escrever poesias bem cedo e com mais de 70 anos decidiu reunir algumas no livro musicalmente intitulado “Quarta Corda”, dedicado a amigos, filhos, netos e bisnetos. Com 210 poesias, o livro foi lançado em 1986, um ano antes do nascimento do bisneto predestinado a comandar a missão de dar ainda mais vida a esta obra. “A ideia de musicar as poesias surgiu quando eu e meu primo, Pedro Gontijo, começamos a compor no ano de 2000. Mas havia sido apenas uma ideia, até pela nossa falta de maturidade musical. Em 2010, despretensiosamente, mostrei o livro a alguns amigos músicos, e assim fizemos a primeira composição, alterando partes da poesia para adaptá-la aos arranjos”, relata Bernardo.
A ideia ganhou força ao ser compartilhada também com os amigos Bruno Tonelli, André Lanari, Samuel Boy, Camila Costa, Felipe de Barros, Eric Camisassa, Paulo Peixoto, Thiers Garbazza e Jean Wilker, músicos que se deixaram inspirar pelos escritos da “bisa” e passaram a respirar o projeto. “Não houve um processo de escolha dos músicos. Os amigos apareciam no estúdio, escolhiam uma poesia e criavam. Assim todos que passavam por lá durante as “madrugadas musicais” participavam.”. Bernardo conta que ao longo dos dias as composições foram se intensificando e o projeto ganhando asas. “Fomos nos desprendendo da timidez de compor. Até o processo de escolha das poesias se dava aleatoriamente. A primeira página que a gente abrisse continha a próxima música.”. O músico acrescenta que a maioria das composições foi feita e gravada na mesma hora, no primeiro take, comprovando o processo natural de criação.
Tantas noites sem dormir resultaram no CD homônimo ao livro, composto por 20 faixas. “Quarta Corda”, o disco, é uma homenagem póstuma ao ente que passou a ser querido por todos que participaram desta viagem ao “Belo Horizonte antigo”. A pergunta que não quer calar diante desta verdadeira demonstração de afeto e valorização familiar é: qual foi a reação da família ao ouvir o disco? Segundo Bernardo Gontijo, além de unir os amigos, o projeto musical “Quarta Corda” fortaleceu também a união da família. “Todos ficaram super emocionados! Cheguei a ouvir que foi o melhor presente da vida, outro não teve coragem de escutar, pois iria se emocionar... Foi muito bom até para dar força à união da família, que estava se distanciando.”.
Resumidamente, tanto as páginas do livro, quanto as melodias do CD relatam os “croquis de uma velha Belo Horizonte” pela óptica de Maria Emília de Figueiredo Castro Goulart, cuja mente livre percorria lugares e detalhes com a “fugacidade” de um “avião” que sobrevoa “casas”. Tais viagens através de tanta sensibilidade registraram sensações, sentimentos e experiências, ora com certo “ceticismo”, ora transbordando “esperança”. Talvez parte desses testemunhos sejam resultado de uma percepção visual afetada por alguma “ilusão”, “miragem” ou resquícios de “saudade” do vai e vem de um “portão de ferro” enferrujado pelo tempo contado a cada “anoitecer”. Talvez. Mas certamente Maria Emília foi uma “mestra” que, como num “flash”, expressou “reminiscências” de “uma vida em tom maior”.
Integrantes:
Maria Emilia de Figueiredo Castro Goulart, André Lanari, Bernardo Gontijo, Bruno Miguelão, Bruno Tonelli, Camila Augusto,Eric Camisassa, Felipe de Barros, Kissia Tartaglia, Lucas Ucá, Jean Wilker, Samuel Boy, Thierres Garbazza.
Comunicação: Aline Viana
Pedro Gontijo (Tino Cultural)
Telefone:
3199955067Maria Emilia de Figueiredo Castro Goulart, André Lanari, Bernardo Gontijo, Bruno Miguelão, Bruno Tonelli, Camila Augusto,Eric Camisassa, Felipe de Barros, Kissia Tartaglia, Lucas Ucá, Jean Wilker, Samuel Boy, Thierres Garbazza.
Comunicação: Aline Viana
Pedro Gontijo (Tino Cultural)
E-mail:
bandaquartacorda@gmail.com
Origem:
Belo Horizonte - mg (Brasil)
Residência:
Belo Horizonte - mg (Brasil)
Estilo Poesia Musicada
Redes Sociais 
PORTÃO DE FERRO
Portão de Ferro
criança que nele se balança
e vai...e vem.
Brinquedo de gente grande
nas mãos pequenas
de uma criança
em idas e vindas.
Quantas ideias
no tempo passando
vivendo, correndo
para o envelhecer.
Porta que já não existe
Portão de ontem
como te sentimos a falta
em seu vai e vem
de Belo Horizonte antigo
de meninas felizes
em seu vai-e-vem...
pg 23
TREM DE FERRO
Menino de hoje
onde está o teu desenho predileto?
O trem de ferro de fumacinha
O trem de ferro comprido
como um rastro de luz?
O avião não te propicia
tantos detalhes
nem está, como o trem de ferro,
ao alcance de tua mão
A lembrança do ruído
da estaçãozinha pobre
com seu mundo de moças
bonitas, à espera do trem...
Quem sabe, de um marido?
O caixeiro viajante empomadado
Fruto raro de sua região...
O menino deslumbrado
com tantos enfeites
Na máquina de puxar
os vagões
os viajantes agrupados
nas janelinhas
dos carros...
Poesia de trem de ferro
o Brasil não podia perder-te
Eras o movimento
a graça,
o apito,
o sonho bonito
de quem te sentia
o rodar lento
da chegada
e iluminava tantos poetas
e trazia as novidades
que nem o rádio, nem a televisão
jamais poderão
alcançar...
Do Livro QUARTA CORDA
de Maria Emília de Figueiredo Castro Goulart
Belo Horizonte- Impresa Oficial, 1986
Páginas: 23, 177/178
Cenas do Batizado de Bernardo Gontijo
Decepção - Quarta Corda - 3min.
Like e Stone - Audioslave
Portão de Ferro - Quarta Corda - 2011 - 4min.
Pirações Artísticas - Bernardo Gontijo -2min.
Estou longe - Bernardo Gontijo
A cor da Saudade - Bernardo Gontijo - 3min
Publicado em 01/08/2012- Licença padrão do YouTube
Nenhum comentário:
Postar um comentário