"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.."
Fernando Pessoa / Alberto Caeiro
No "Livro do Desassossego" foram reunidos textos encontrados nos arquivos de Fernando Pessoa.
Aqui um pouco da história de um dos maiores escritores da Língua Portuguesa e da Literatura Universal, nascido em Lisboa em 13 de junho 1888, falecido na mesma cidade em 1935. Nome de batismo: Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa.
"Nasci em um tempo em que a maioria dos jovens haviam perdido a crença em Deus, pela mesma razão que os seus maiores a haviam tido -- sem saber porquê.
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.."
Fernando Pessoa / Alberto Caeiro
No "Livro do Desassossego" foram reunidos textos encontrados nos arquivos de Fernando Pessoa.
Aqui um pouco da história de um dos maiores escritores da Língua Portuguesa e da Literatura Universal, nascido em Lisboa em 13 de junho 1888, falecido na mesma cidade em 1935. Nome de batismo: Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa.
"Nasci em um tempo em que a maioria dos jovens haviam perdido a crença em Deus, pela mesma razão que os seus maiores a haviam tido -- sem saber porquê.
E então, porque o espírito humano tende naturalmente para criticar porque sente, e não porque pensa, a maioria desses jovens escolheu a Humanidade para sucedâneo de Deus. Pertenço, porém, àquela espécie de homens que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem vêem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado.
Por isso nem abandonei Deus
tão amplamente como eles,
nem aceitei nunca a Humanidade.
Considerei que Deus, sendo improvável, poderia ser, podendo pois dever ser adorado; mas que a Humanidade, sendo uma mera idéia biológica, e não significando mais que a espécie animal humana, não era mais digna de adoração do que qualquer outra espécie animal. Este culto da Humanidade, com seus ritos de Liberdade e Igualdade, pareceu-me sempre uma revivescência dos cultos antigos, em que animais eram como deuses, ou os deuses tinham cabeças de animais."
Fonte:
Enviado por letrashumanas em 23/05/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário