quinta-feira, 2 de maio de 2013

SCHENBERG: CRÍTICA E CRIAÇÃO - Alecsandra Matias de Oliveira


 Wolfgang Amadeus Mozart - Organ...
1- K608 - Fantasia f.minor
2 - K594 -Fantasia f.minor 
3 - K616 - Andante F major
4 - K399... fev./2013 - 49m.


Resenhas  
"Schenberg: Crítica e Criação"
 de Alecsandra Matias de Oliveira¹.



narcissus 

Mario Schenberg é considerado 
uma das mentes mais brilhantes 
da História da Inteligência Brasileira. 


Pioneiro da Física Teórica nacional é citado por Einstein com um dos dez mais importantes cientistas de sua época. Schenberg consegue unir Ciência e Arte: fixa o nome do país no campo da Física perante o mundo e, simultaneamente, acompanha a trajetória de grandes artistas brasileiros, demonstrando o quanto o país dispõe de potencial cultural. Em sua forma de pensamento, une ocidente e oriente, marxismo e budismo. É cidadão múltiplo e sem fronteiras ideológicas. Com seu olhar mágico é admirado, caçado e expropriado de liberdade. Através da intuição interage na sociedade e perturba as estruturas de poder da Universidade de São Paulo e do Brasil.

Que condições levam um físico renomado internacionalmente como Mario Schenberg a exercer uma segunda atividade aparentemente tão dispare como a crítica de arte? Esta é uma questão imersa nos estudos sobre sua personalidade. Em muitos depoimentos e em conversas informais, diz Schenberg, que os físicos, em geral, ficam divididos entre a Ciência e a Música. ( 2 ) Então, por que escolhe as Artes Plásticas? Como é sua iniciação estética? Como se envolve com o circuito artístico, no Brasil? E, principalmente, como desenvolve o papel de crítico de arte?

As respostas a estas indagações devem ser procuradas não em um, mas em diversos fatores que o direcionam ao caminho da crítica de arte. O homem Mario Schenberg atua em várias frentes, relacionando-se com a filosofia, a magia, as religiões, a política, a fotografia, as ciências e as artes. Sua personalidade é sujeita a diversos desdobramentos, assim como sua crítica de arte que não se limita a traçar parâmetros restritos ao limite da arte, mas que estabelece intrínsecas relações com a realidade que a cerca. ( 3 )

 
Schenberg dispõe de uma formação essencialmente científica e no exercício de seu projeto crítico há apreciações estéticas de teor científico. Essa característica transforma sua crítica em algo singular. É em 1942, que Schenberg escreve pela primeira vez sobre arte, destacando a obra de Bruno Giorgio na Revista Acadêmica. Desse momento em diante, passa a escrever sobre Volpi, Pancetti e Figueira Jr., sem exercer de forma sistemática a crítica de arte. Estabelece relacionamento com a crítica paulistana, tornando-se amigo de Lourival Gomes Machado, Sérgio Milliet, Maria Eugênia Franco, Ciro Mendes, Paulo Mendes de Almeida, Osório César e Jorge Amado.


A produção crítica de Mario Schenberg é muito vasta, estende de 1940 a 1980, sempre voltada às Artes Plásticas. Em 1972, dedica-se intensamente aos novos artistas que despontam no cenário cultural paulista, evidenciando nomes tais como: Mira Schendel, Cláudio Tozzi, José Roberto Aguilar, Mário Gruber e Teresa D’Amico. O crítico e seu trabalho desempenham papel básico no cenário artístico nacional, quer por sua atuação como articulador e incentivador em prol da renovação constante das artes, que por sua militância política que lhe rende a aposentadoria compulsória das salas de aula na Universidade de São Paulo e uma dedicação maior ao trabalho como crítico.


Em Schenberg: Crítica e Criação o enfoque estético é privilegiado, sem dispensar pontos biográficos. Nesse livro desenvolve-se argumentação que fundamentalmente visa apresentar Mario Schenberg ante as possibilidades e circunstâncias de que dispõe para organizar seu projeto de crítica de arte, realizando paralelamente, uma reflexão sobre as Artes Plásticas nacionais. A produção ligada à crítica de arte de Schenberg é apreciada, sobretudo, no que tange aos aspectos científicos e políticos. Os objetivos estão dirigidos à emergência do projeto crítico de Mario Schenberg, enfocando, principalmente, a atitude do crítico de arte como mediador e comunicador da relação artista-obra-público.


O período – base para a análise – são os anos de 1935 (quando acontece sua formatura na Escola Politécnica USP) e 1944 (quando organiza a primeira exposição de Alfredo Volpi). Essa primeira periodização é significativa para o entendimento da inserção do físico Mario Schenberg na crítica de arte brasileira. Mesmo com a delimitação do tema, nunca se perde de vista a totalidade do projeto crítico ( 4 ) fixado por Schenberg, entre os anos 1940 e 1980, pontuando que essa limitação temporal (1935-1944) é muito flexível e algumas vezes, a linearidade cronológica não conta muito na reflexão. Assinala-se que as atenções estão dirigidas à origem do processo crítico e de criação de Schenberg, permitindo movimentos de avanços e retrocessos na narrativa.

A ação de reconstituir a história de vida de Schenberg e de sua produção crítica, a partir de depoimentos de artistas, cientistas, amigos, familiares (entre outros), tendo como ponto de partida o pensamento estético e científico do professor orienta o percurso dessa narrativa e, subdivide o livro em três grandes eixos de reflexão:

Primeiras Leituras, Experiências e Comunicação resgata a formação intelectual de Mario Schenberg, através de seus interesses e relações interpessoais. Esse exercício permite perceber opções definidas na juventude e o contato com alunos, professores e teorias científicas, políticas e artísticas contribuem de forma decisiva para a composição de sua personalidade universalista. São desvelados, paulatinamente, os interesses do jovem Schenberg e os passos de sua formação intelectual. Sua trajetória biográfica aponta as circunstâncias que o levaram à carreira de físico, mas, principalmente, mostra os primeiros estudos em artes. Além, é claro, de expor fatos e personagens que contribuem para a História da Ciência e da Arte no país.

As atividades de Schenberg, primeiro na Escola Politécnica e depois na “secção de Mathemática” na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, mostram o ambiente intelectualizado em que o jovem estudante está inserido. Seus contatos com cientistas, como Occhialini, Fantappié e Albanese, pontuam traços relevantes do percurso como físico. É em suas experiências internacionais que o físico/crítico adquire bagagem cultural destinada à apreciação estética. Destaca-se o início da atuação política de Schenberg, quando assume posição ligada às vertentes socialistas.


Busca de Fundamentos: A Essência da Crítica de Arte volta-se para as contribuições de Mario Schenberg no setor da crítica de arte brasileira, traçando as linhas gerais desse cenário. O contexto da crítica de arte entre os anos de 1930 e 1940 fornece subsídios para o exame sobre reflexões artísticas do físico/crítico: as suas críticas possuem ou não características próprias? Discute-se, sobretudo, o uso da intuição no processo de criação (científica e artística), a análise baseada em aspectos da filosofia oriental e o uso de vocábulos científicos para a expressão de conceitos na crítica de arte.
Caminhos da Criação destaca as primeiras experiências como crítico de arte, (o texto sobre a escultura de Bruno Giorgi), o envolvimento com o Grupo Santa Helena e, posteriormente, com a Família Artística Paulista – através da figura de Alfredo Volpi. O relacionamento entre Alfredo Volpi e Mario Schenberg torna-se significativo para ambos, pois juntos conseguem projeção no cenário artístico nacional. 

A associação entre crítico e artista propicia ganhos para os envolvidos. As reflexões expostas nesse livro decorrem sobre o conceito de Schenberg que indica a personalidade do artista como cerne da criação estética. O assunto apresenta-se subdivido em dois outros: Engajamento social: crítico e artista, em que são apresentados dados sobre a postura social do crítico e sobre a forma de conduta exigida por este aos artistas; e Criação/Intuição, observa os elementos intuitivos e metafísicos na interação Arte e Ciência. Acrescente-se a inserção de questões metodológicas intrínsecas ao processo de criação dos textos críticos. 

Em síntese, ao elaborar seu projeto crítico, Schenberg presta-se como intermediário entre artista, obra e público, desvendando a função social do artista que deve despertar a criatividade na sociedade. Os valores político-sociais em sua biografia são marcantes e a eles são atribuídas escolhas do cientista/crítico de arte. A adesão ao comunismo indica características ao seu modelo de divulgação da arte e essas especificidades, a partir da doutrina marxista, adquirem papel diferenciado ao artista, dentro da sociedade. Schenberg, para além das contribuições à crítica de arte nacional, mostra que a capacidade humana pode romper barreiras, unindo Arte e Ciência.



1: Alecsandra Matias de Oliveira,
 
 nascida em São Paulo, em 1972, realizou seus primeiros estudos em escolas públicas, EEPSG. Dona Brasília Castanho de Oliveira (no ensino fundamental) e EEPSG. Conselheiro Crispiniano (no ensino médio). Em 1992, ingressou na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, no Departamento de História. No ano seguinte, na Escola de Comunicações e Artes da USP, iniciou pesquisas, no Centro Mario Schenberg de Documentação da Pesquisa em Artes, coordenado pela Profa. Dra. Elza Ajzenberg. Foram dez anos de estudos envolvendo o professor, físico e crítico de arte Mario Schenberg. 

Acompanhando essas atividades ocorreram, sempre, os Seminários Schenberg: Arte e Ciência e os Congressos Arte e Ciência. Todas essas ações culminaram na pesquisa de mestrado. Em junho de 2002, ingressou no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na condição de especialista em cooperação e extensão universitária. A participação na organização do site do MAC USP, no projeto MAC Virtual, rendeu o reconhecimento da UNESCO, por intermédio do prêmio INFOLAC WEB 2005, como o terceiro melhor museu on-line daquele ano. Em 2006, participou do IPAM (International Partneship American Museums) – intercâmbio realizado entre o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e o Museu de Arte da Universidade do Arizona com o auxílio do Consulado Americano em São Paulo.


Em 2008, finaliza a pesquisa de doutorado, A Poética da Memória: Maria Bonomi e Epopéia Paulista, no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Ao longo de sua atividade acadêmica publicou diversos artigos em revistas e coletâneas, entre os quais se destacam: “Arte como Lugar da Memória”. In: INTERthesis (Florianópolis, v.6, n.2, p.106-122, jul/dez de 2009), “Narrativas da Memória: Epopéia Paulista”. In: Ars – Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes – ECA USP (São Paulo, ano 6, n. 11, 2008), “Aproximações entre Arte, Comunicação e Ciência em Mario Schenberg”. In: Arte e Cultura da América Latina. (Revista da Sociedade Científica de Estudos da Arte. São Paulo, vol. XXI, 2009). (volta)

2: "Parece que há uma relação profunda entre a Física teórica; a Física matemática, e a Música (...) muitos físicos teóricos são muito sensíveis à Música. Foi o caso, por exemplo, de Einstein. Plank ficou indeciso em ser físico ou músico (...)”. SCHENBERG, Mario. Pensando a Física. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 54. (volta)

3: O Centro Mario Schenberg de Documentação da Pesquisa em Artes – ECA USP surge a partir da doação realizada em 1988 à Associação Brasileira dos Pesquisadores em Artes – ABPA. Entre essa documentação, há cerca de 415 textos críticos, alguns livros de arte, discos, revistas, catálogos e jornais. Nos dezenove anos do Centro Mario Schenberg diversos eventos e encontros entre intelectuais, pesquisadores, cientistas e artistas acontecem. Esses encontros resultam em depoimentos (vídeo e cassete) nos quais se expõem temáticas e enfoques das discussões arroladas por Schenberg. Esse material torna-se básico para a pesquisa aqui apresentada. (volta)

4: Para a noção de projeto crítico toma-se de empréstimo o conceito elaborado por Gilberto Velho que em seus estudos antropológicos sobre o fenômeno da mediação cultural formula alguns parâmetros teóricos para a idéia de projeto. Para esse autor, projeto é: “conduta organizada para atingir finalidades específicas”. Para lidar com o possível viés racionalista, com ênfase na consciência individual, auxilia-nos a noção de campo de possibilidades como dimensão sociocultural, espaço para formulação de projetos. VELHO, Gilberto. Projeto e Metamorfose: Antropologia das Sociedades Complexas, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 40 (volta)


Mais informações:
 www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=412059

O Mundo de Mário Schenberg

 

Com grande orgulho que nós, da Casa das Rosas, apresentamos esta exposição ao público. Nossa missão foi a de desvelar o que estava mais do que revelado, mas ao mesmo tempo persistia em sua invisibilidade: a grandeza do maior gênio que o Brasil já teve. Fazer visível a genialidade de Mário Schenberg. 

Por que ele é tão especial?
Acredito que ele foi uma das poucas pessoas que incorporou existencialmente a física quântica e relativista em sua vida cotidiana. Quando se descobre que não existe uma realidade concreta e externa, mas esta é criada a cada momento por sua imaginação, que não existe barreira entre observador e observado e que tudo interage entre si e quando esses conceitos saem da mente e explodem em integralidade por todo o corpo e por toda a vida, isso produz um insight, um relâmpago que se assemelha a uma iluminação búdica.

 Foi o que Mário fez acontecer e, 
no final de sua vida,
 essa iluminação se faria completa. 


A compreensão de totalidade a cada momento, no aqui e no agora, fez de Mário um ser completo, consciente, lúcido, sem identificações, já que estas eram ,âncoras de parcialidades. Dialogava de igual para igual com seus pares - Einstein,Bohr, Schrdinger, Pauli, Cesar Lattes - e, diferentemente de muitos de seus colegas, não tocava violino, como Einstein e Plank (por algum paralelismo, desconhecido a msica sempre se encontrou presente junto aos cientistas), mas executava sinfonia de cores, composições crom·ticas e de formas. Transbordou esse insight para a fotografia e as artes plásticas e, o mais importante, compartilhou-o com todos, emprestando magnitude a artistas como Mira Schendel, Lygia Clark, Waldomiro de Deus, Volpi e muitos outros, inclusive eu, e a escritores como Jorge Mautner, José Agrippino de Paula e Consuelo de Castro. O mais importante em Mário era que artista e obra eram um só todo. E, ainda mais além, o ser humano era um só. 

Ele falava com o porteiro da universidade, o lixeiro, o motorista de táxi com a mesma dignidade com que falava com Einstein, Fermi ou Umberto Eco. TUDO QUE É HUMANO NÃO ME É ESTRANHO, máxima de Teríncio, era o lema de Mário. Daí advinha essa característica de dínamo, que gerava perto dele permissão total. A gente sentia o poder de criar tudo, de ir além de qualquer fronteira. Ele adorava iconoclastias. 

Essa compreensão in totum do ser humano possibilitava a Mário um bom humor enorme. Sabia rir de si mesmo e das convenções que amarravam pessoas a situações ridículas. A principal característica do gênio é o humor. 

Com toda essa profundidade, Mário só podia sentir alguma identidade com um movimento político que elevasse o homem a condição de completa dignidade, mas sempre criticando os desmandos quando a teoria passava por cima do ser humano. Mário sempre foi um out-sider. Mesmo dentro do Partido Comunista. 
 
São estas aventuras que queremos compartilhar com vocês. Tentaremos mostrar mais a genialidade do que o gênio, mais a bússola do que a chegada.

 Unir os aspectos Mário-físico, Mário-crítico-de-arte, Mário-fotógrafo e Mário-político num só homem. Através do Mário-físico, seguiremos suas aulas e depoimentos, e os de seus colegas; no Efeito Urca, seguiremos as pegadas de sua criação; entraremos no coração da física quântica. Neste fim de século a ciência está· tomando uma parte do glamour que pertencia as artes. Nada mais justo. Duas irmãs prenhas de intuição. 

Em seguida, entraremos em seu apartamento da rua São Vicente de Paula dos anos 60 e ouviremos os diálogos com seus amigos pintores. Desceremos ao porão da Casa das Rosas, conheceremos sua luta pela liberdade e suas prises (1948 e 1964) no infame DOPS. Conheceremos o fotógrafo de 24 anos de idade e nos emocionaremos com sua visão. 

Não existiam espaços prioritários para ele. Tinha quadros pela cozinha e pelos banheiros e até dentro de uma geladeira desativada. A Casa das Rosas também estende a exposição pela cozinha, copa e banheiros. A coleção de Ana Clara Schenberg permeia essas dependências, subindo pelas escadas até o segundo andar, onde encontra-se com as salas de Mira Schendel, a dos concretistas dos anos 50, com os jovens dos anos 60, e com as salas de Volpi, Tereza D'Amico e a dos primitivistas Waldomiro de Deus e Aloísio. Fora da casa, o automóvel Ford-52 da sempre amiga Dulce Maia. No hall principal, as torres de vídeo. Uma torre simbolizando Mário, uma outra, Gamov, ambas dialogam entre si sobre o Efeito Urca, no vídeo de Julinho Bressane. 

Honra seja feita ao staff da Casa das Rosas: Márcia Azevedo, Marina Futino, Solange Lisboa, Claudia Vedramini Reis, Yugo Souza Tanaka, Lucas Bambozzi, Sergio Bicudo, Marise De Chirico, Sara Brito, a Matheus Grasselli, um gênio de 18 anos que a tudo se parece com Mário, e a José Luiz Goldfarb, amigo-místico e biógrafo de Mário, equipe que percorreu dias até altas horas da noite para conceituar esta exposição. 

Também foi com muita emoção o reencontro com Dona Julieta Bárbara, Ana Clara Schenberg e Consuelo de Castro. Agradecimentos especiais aos físicos que nos abriram um campo antes inatingível: Amélia e Ernesto Hamburger e Augusto Damineli. E também a Elza Ajzenberg, coordenadora do Centro Mário Schenberg. A Lourdes Cedran que nos cedeu as fotografias desconhecidas de Mário.A Secretaria Estadual de Cultura, que possibilitou esta exposição. Agradecer a todos é impossível, praticamente todos os nomes neste catálogo nos ajudaram em muito. 

Impossível querer conceituar a vida de um gênio através de uma simples exposição. O que nós queremos é levantar a visibilidade da genialidade de Mário Schenberg. Isso já é muito. Chega de heróis macunaímicos. O Brasil do fim do século amadureceu. Ele precisa de sua memória e desse resgate.
AI DO PAÍS QUE PRECISA DE HERÓIS (Bertold Brecht). Não estamos mais oferecendo gênios. Estamos desvelando um sábio.
José Roberto Aguilar
Diretor da Casa das Rosas

Li-Sol-sou-30
Arte e Crítica /Jornal ds abca
 http://www.cbpf.br/~martin/CAMS/Mario/expo.htm
 http://abca.art.br/n26/resenhas_alecsandramatias.html

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