segunda-feira, 29 de abril de 2013

PAUL CEZANNE - Pintor impressionista.-23:46


 
Paul Cézanne - Pintor impressionista. 24m
Amadeus Mozart & Cezanne - 6m
PAUL CÉZANNE (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 — 22 de outubro de 1906) foi um pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XIX para a arte radicalmente inovadora do século XX. 
Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de que Cézanne "é o pai de todos nós", deve ser levada em conta.
Após uma fase inicial dedicada aos temas dramáticos e grandiloquentes próprios da escola romântica, Paul Cézanne criou um estilo próprio, influenciado por Delacroix.
Introduziu nas suas obras distorções formais e alterações de perspectiva em benefício da composição ou para ressaltar o volume e peso dos objetos. Concebeu a cor de um modo sem precedentes, definindo diferentes volumes que foram essenciais para suas composições únicas.
Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva. E sim, as modificava. A sua concepção da composição era arquitectônica; segundo as suas próprias palavras, o seu próprio estilo consistia em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone. 
Cézanne preocupava-se mais com a captação destas formas do que com a representação do ambiente atmosférico. Não é difícil ver nesta atitude uma reação de carácter intelectual contra o gozo puramente colorido do impressionismo.
Sobre ele, Renoir escreveu, rebatendo o crítico de arte Castagnary: Eu me enfureço ao pensar que ele [Castagnary] não entendeu que Uma Moderna Olympia, de Cézanne, era uma obra prima clássica, mais próxima de Giorgione que de Claude Monet, e que diante dele estava um pintor já fora do Impressionismo.
Cézanne cultivava sobretudo a paisagem e a representação de naturezas mortas, mas também pintou figuras humanas em grupo e retratos. Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas. 
Árvores, casas e demais elementos da paisagem subordinam-se à unidade de composição. As suas paisagens são sutilmente geométricas. 
Cézanne pintou sobretudo a sua Provença natal (O Golfo de Marselha e as célebres versões sucessivas de O Monte de Sainte-Victoire). Nas suas numerosas naturezas mortas, tipicamente compostas por maçãs, levava a cabo uma exploração formal exaustiva que é a terra fecunda de onde surgirá o cubismo poucos anos mais tarde.
 Entre as representações de grupos humanos, são muito apreciadas as suas cinco versões de Os Jogadores de Cartas. A Mulher com Cafeteira, pela sua estrutura monumental e serena, marca o grande momento classicista de Cézanne (...).
A MORTE DE CÉZANNE Um dia, Cézanne trabalhava em campo aberto quando foi surpreendido por uma tempestade. Só foi para casa após trabalhar duas horas na chuva. No caminho caiu, foi socorrido por um motorista que passava e o ajudou a ir para casa. Cézanne recuperou a consciência após ser tratado. No dia seguinte, pretendia continuar o seu trabalho, mas estava muito fraco e acabou por desfalecer. Foi colocado numa cama, de onde nunca mais se levantou. Morreu alguns dias após o acidente, em 22 de outubro de 1906, de pneumonia. Foi enterrado num antigo cemitério de sua amada cidade natal, Aix-en-Provence (...).
 Li-Sol-30
 Fonte:
Carlos Alberto Didier  
Lista de reprodução "Artes Belas" do canal YouTube CarlosAlbertoDidier.
Publicado em 13/11/2012- Licença padrão do YouTube

sexta-feira, 26 de abril de 2013

PAUL KLEE - O UNIVERSO DE CORES


 Paul Klee - O Diário de um Artista - 56m

Cultura

 

Exposição em Berlim 

revela universo de cores de Klee e Itten

Grande retrospectiva traça um panorama do trabalho dos suíços Paul Klee e Johannes Itten. Mestres do construtivismo clássico no século 20, artistas exploram, em suas obras, as variações e teorias do mundo das cores. 

Depois da estreia no Museu de Arte de Berna na Suíça, a exposição Kosmos Farbe. Itten – Klee chega a Berlim. À primeira vista, não faz muito sentido que uma grande mostra com dois artistas conhecidos por seu trabalho na Bauhaus comece na pequena capital suíça. Mas os dois, como poucos sabem, são suíços e dessa região do país.

É a primeira vez que o trabalho dos dois artistas ganha uma exposição própria. "Fico surpreso que esses dois expoentes do modernismo clássico nunca tiveram uma exposição conjunta dedicada a eles, já que os pontos comuns e paralelos em suas vidas e obras são evidentes", declarou o curador Christoph Wagner na abertura da exposição em Berlim.

Apresentada em ordem cronológica e dividida em oito temas, a mostra exibe as mais importantes obras de Johannes Itten e Paul Klee, com foco no uso artístico da cor. Cada tema mostra um aspecto diferente na utilização das cores. A disposição das obras cria uma grande sinergia que deixa claro como, ao longo de suas carreiras, Klee inspirou Itten e vice-versa.

 
Itten teve sua escola de artes em Berlim fechada pelos nazistas
 
Suíços na Alemanha
Itten nasceu em Südern-Linden, em Berna, em 1888. Depois de estudar na Escola de Belas Artes de Genebra, viajou pela Europa visitando museus e exposições e ficou fascinado com o trabalho de Cézanne. Em 1923, começou a lecionar na Bauhaus, em Weimar. Seus trabalhos em pintura, escultura e arquitetura eram focados no abstrato e no figurativo. Foi na Alemanha que ele estabeleceu e consolidou sua carreira.



 Paul Klee- Boneca
 
As coisas começaram a mudar nos anos 1930. Alguns de seus trabalhos foram incluídos na exposição Entartete Kunst (arte degenerada), contra a arte moderna, organizada pelos nazistas em 1937. No ano seguinte, ele imigrou para a Holanda, mas se estabeleceu definitivamente na Suíça. Um ano antes de sua morte, em 1967, representou o país na 33º Bienal de Veneza.
O pai de Klee foi professor e grande inspiração artística para Itten, que, por sua vez, teve grande participação na ida de Klee para a Bauhaus. Ambos também começaram, quase simultaneamente, entre 1914 e 1915, o envolvimento com a teoria das cores: Klee durante uma viagem à Tunísia, e Itten em Stuttgart, quando entrou em contato com as teorias desenvolvidas por Adolf Hölzel. 

Klee nasceu em Münchenbuchsee, também na região de Berna, e se mudou para Munique em 1898. Na época, não foi aceito na academia de artes da cidade por falta de prática em desenho figurativo. Fez aulas particulares e ingressou na academia no ano seguinte, abandonando-a meses depois. Em 1909, em Munique, ele viu uma exposição de Cézanne, que depois passou a ser, em sua palavras, seu "instrutor por excelência".
 
 
 Paul Klee buscava a harmonia para refletir sobre as cores
 
Na década seguinte, a carreira de Klee começou a se consolidar com diversas exposições pela Europa. Em 1921, ele passou a lecionar na Bauhaus. Suas viagens para o Egito levaram consideráveis ideias para suas teoria das cores. Depois da Bauhaus, ele começou a ensinar na Academia de Arte de Düsseldorf, mas, por pressão dos nazistas, deixou o cargo e voltou para Berna. Trabalhos de Klee também foram incluídos na exposição Entartete Kunst.

 Paul Klee - Sol

Paul Klee- Flores
Paul Klee - Janela para  o infinto

 Paul Klee - Sol e Lua

Teoria e prática
Itten e Klee marcaram a historia da arte no século 20 com suas importantes teorias sobre as cores. Ambos trabalharam com a ideia de que a cor segue suas próprias regras em um universo próprio. Eles buscaram referência nas mesmas ideias históricas e esotéricas e inspiraram, um ao outro, mutuamente. Suas teorias foram desenvolvidas durante décadas de reflexão e trabalho, que tiveram um impacto considerável no mundo das artes.
"O encanto que os dois pintores oferecem aos nossos olhos com suas obras ganha novas dimensões quando somos expostos às teorias intelectuais que eles desenvolveram durante a vida", explica Wagner. 

 
A obra de Itten é marcada pela abstração e esoterismo
A partir das impressões da natureza de seus primeiros trabalhos, os artistas começaram a criar um universo próprio quando as teorias das cores começaram a fazer parte de suas obras. "A exposição quer criar novas reflexões sobre a relação entre as cores e o esoterismo, a aura e a harmonia, cores e abstração e a natureza das cores. Pontos-chave no trabalho de Klee e Itten", diz.

Itten era fã do conceito cosmológico de Philipp Otto da esfera de cores. Ele também tentou integrar elementos astrológicos em seus princípios. Baseado nas ideias teosóficas da cor da aura, ele acreditava em diferentes tipos de percepção das cores.

 Paul Kee - A Dança 
 Paul Klee - Pai e Filha

Paul Klee - Barqueiro


Paul Klee - Estudo violeta


 Paul Klee - Menina feliz
Paul Klee - O Mundo em cores

Klee desenvolveu suas ideias em cima da esfera de cores de Runge. "No centro do círculo encontra-se o cinza, que é a harmonia. O círculo não é uma metáfora, mas uma maneira de sistematizar e ordenar, criando uma maneira de refletir sobre algo tão subjetivo como as cores", explica.

A exposição acompanha o desenvolvimento e a evolução dos artistas através de pinturas, desenhos, esculturas, estudos e gráficos. A reflexão sobre as cores passa por racionalismo, abstração, esoterismo, autonomia e elementarismo. "A mostra é uma viagem pelo universo das cores, mas uma jornada que não é teórica ou didática, mas sim prática", conclui o curador.
Kosmos Farbe. Itten – Klee está em cartaz no Martin-Gropius-Bau em Berlim até 29 de julho.


 Li-Sol-30
 DW.DE
http://www.dw.de/exposição-em-berlim-revela-universo-de-cores-de-klee-e-itten
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