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Simone de Beauvoir, autora feminista, é homenageada em Doodle do Google
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Para o TechTudo
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Simone de Beauvoir, famosa feminista, escritora e filósofa existencialista do século XX, é a homenageada pelo Doodle do Google desta quinta-feira (9). A autora lançou ao todo 21 livros e celebraria hoje o seu 106º aniversário. A imagem na página inicial do buscador mostra um desenho de Simone e o seu favorito "Le Café de Flore", em Paris, onde encontrava-se com Jean-Paul Sartre.
Famosa por frases marcantes como "Não se nasce mulher: torna-se" e "É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem ...", a escritora é forte personagem do feminismo e da filosofia. Mais frases da autora podem ser encontradas no site Frases.globo.com.
Simone de Beauvoir, escritora e filósofa francesa, é tema de Doodle do Google (Foto: Reprodução/Google)
Dedicação aos estudos
Batizada como Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, a escritora foi a primeira das duas filhas do casal católico e da alta burguesia Georges Bertrand de Beauvoir e Françoise Brasseur.
No entanto, ainda durante sua infância, sua família foi fortemente afetada pela crise que veio com o fim da Primeira Guerra Mundial, fazendo com que Simone se dedicasse bastante aos estudos seguindo os conselhos de seu pai, que acreditava que somente o sucesso acadêmico tiraria suas filhas da pobreza.
Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre em aula de tiro (Foto: Reprodução/Wikipédia)
Com um alto conhecimento em matemática, literatura e línguas, a autora se graduou em filosofia pela Universidade de Paris (Sorbonne), onde conheceu jovens intelectuais, como Maurice Merleau-Ponty, Paul Nizan, René Maheu e Jean-Paul Sartre.
Ainda aos 21 anos, a jovem se destacou conquistando o título de Agrégation (agregado) em sua pós-graduação em filosofia, sendo a segunda colocada ao receber tal louvor. Sartre ficou em primeiro, e pessoa mais jovem a obtê-lo. O título acadêmico atesta a qualidade do currículo profissional, científico e pedagógico do aluno para realizar e dirigir trabalho científico independente.
Simone de Beauvoir, escritora e filósofa francesa (Foto: Reprodução/Wikipédia)
Os livros
Após uma intensa atividade em instituições escolares e acadêmicas, a de Beauvoir publica sua primeira obra em 1943 a autora publica o romance “A convidada” (L'Invitée), explorando os conflitos de uma mulher de trinta anos e os diversos ângulos e perspectivas que relacionamentos amorosos podem ter.
Marcando o nascimento do movimento filosófico do existencialismo, este livro a consagrou como uma das precursoras do movimento, junto com seu amigo e companheiro Sartre.
Explorando dilemas sobre a liberdade, a ação e a responsabilidade individual e a existência humana, a escritora se destacou ainda com os livros “O sangue dos outros” (Le Sang des autres) e “Os mandarins” (Les Mandarins), romance pelo qual recebeu o Prêmio Goncourt e que é considerado a sua obra-prima.
Capa do livro 'O Segundo Sexo' em francês, volumes I e II (Foto: Reprodução/Wikipédia)
Em 1949, de Beauvoir inaugura a discussão sobre a condição das mulheres com “O Segundo Sexo” (Le Deuxième Sexe), apresentando um apanhado de ideias, pesquisas e estudos que destacam a discriminação da mulher pelo homem.
O livro, que é um das principais obras do movimento feminista, analisa a situação da mulher sobre a perspectiva sexual, psicológica, histórica, social e política e discute os caminhos que podem levar à libertação de mulheres e homens.
Veja a lista das 21 obras de Simone de Beauvoir
A convidada (1943)
Pyrrhus e Cinéas (1944)
O sangue dos outros (1945)
As Bocas Inúteis (1945)
Todos os homens são mortais (1946)
Por uma Moral da Ambigüidade (1947)
A América dia a dia (1948)
O segundo sexo (1949)
Os mandarins (1954)
Privilèges (1955)
A Longa Marcha (1957)
Memórias de uma moça bem-comportada (1958)
Na Força da Idade (1960)
A força das coisas (1963)
Uma Morte Muito Suave (1964)
As Belas Imagens (1966)
A Mulher Desiludida (1967)
A velhice (1970)
Tudo dito e feito (1972)
Quando o Espiritual Domina (1979)
A cerimônia do adeus (1981)
Pyrrhus e Cinéas (1944)
O sangue dos outros (1945)
As Bocas Inúteis (1945)
Todos os homens são mortais (1946)
Por uma Moral da Ambigüidade (1947)
A América dia a dia (1948)
O segundo sexo (1949)
Os mandarins (1954)
Privilèges (1955)
A Longa Marcha (1957)
Memórias de uma moça bem-comportada (1958)
Na Força da Idade (1960)
A força das coisas (1963)
Uma Morte Muito Suave (1964)
As Belas Imagens (1966)
A Mulher Desiludida (1967)
A velhice (1970)
Tudo dito e feito (1972)
Quando o Espiritual Domina (1979)
A cerimônia do adeus (1981)
Simone de Beauvoir e o Feminismo
O ‘O Segundo Sexo’, primeiro grande ensaio sobre a condição da mulher, despertou na sociedade da década de 50 reações contrárias às ideias da autora.
Posições políticas opostas e ainda a Igreja Católica colocaram o livro, que mais tarde inspirou o feminismo, na lista dos proibidos. Analisando a hierarquia dos sexos e a opressão da mulher em geral, Simone deixou a França devido à repercussão de sua publicação.
Apenas nos anos 1970, quando a parisiense publicou o quarto volume de suas memórias, Balanço Final (1972), passou a apoiar oficialmente o movimento feminista. Dois anos depois, em 1974, criou a Ligue du Droit des Femmes (Liga do Direito das Mulheres).
A vida de Simone de Beauvoir no teatro
Simone de Beauvoir foi recebeu uma homenagem no teatro brasileiro na pele da atriz Fernanda Montenegro.
A vencedora do Globo de Ouro interpretou a escritora e filósofa nos palcos e falou sobre a sua relação com o texto "Viver Sem Tempos Mortos".
A vencedora do Globo de Ouro interpretou a escritora e filósofa nos palcos e falou sobre a sua relação com o texto "Viver Sem Tempos Mortos".
Sozinha em cena, apenas com um foco de luz e sentada em um banco, Fernanda deu vida ao monólogo que fala sobre as obras, a vida e a importância da autora, que você pode conferir mais detalhes ao lado, no vídeo produzido pela TV Globo.
Os relacionamentos
Extremamente dedicada ao engajamento político e a vida acadêmica, a parisiense publicou importantes ensaios filosóficos e também peças de teatro e extensas obras autobiográficas que remontam fieis retratos de sua vida e de sua época.
No entanto, a escritora sempre teve um intenso relacionamento intelectual e de amizade com o filósofo Jean-Paul Sartre, sendo normal ambos viajarem juntos no verão, levando também seus respectivos companheiros. Apesar de não ter se casado e nem ter tido filhos, a autora teve longos relacionamentos amorosos com personalidades de destaque no mundo intelectual, como o escritor norte-americano Nelson Algren e o produtor de filmes francês Claude Lanzmann.
Sua morte
A partir dos anos 80, a vida de escritora e filósofa sofreu com grandes mudanças. Seu companheiro, Sartre morreu de pneumonia e pouco depois, seu grande aliado, Nelson Algren também faleceu. A autora ainda escreveu sobre suas perdas, mas sua saúde começou a se debilitar.
Ela morreu em 14 de abril de 1986, aos 78 anos, de pneumonia, seis anos após a morte de Jean-Paul Sartre. Sua vida e carreira são grande marco na filosofia e cultura mundial por ter se tornado uma importante escritora e também ser uma mulher independente. Seus restos mortais encontram-se sepultados no mesmo túmulo que Sartre no Cemitério de Montparnasse, em Paris.
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