Ismael Nery - "Namorados" - óleo sobre tela - 58.5 x 58.5 cm - circa 1927
Descendente de indígenas, africanos e neerlandeses (holandeses),1 em 1909 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1917, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes. Viajou pela Europa em 1920, tendo frequentado a Academia Julian, em Paris. De volta ao Brasil, trabalha como desenhista na seção de Arquitetura e Topografia da Diretoria do Patrimônio Nacional, órgão ligado ao Ministério da Fazenda. Lá conhece o poetaMurilo Mendes que se tornaria seu grande amigo e incentivador de sua obra.2 Em 1922, casou-se com a poetisa Adalgisa Ferreira. Nessa época realizou obras de tendência expressionista. Em 1926, deu início ao seu sistema filosófico de fundamentação católica e neotomista, denominado de Essencialismo. Em 1927 fez nova viagem a Europa, onde entrou em contato com Marc Chagall, André Breton e Marcel Noll, dentre outros surrealistas. Sua obra sofreu, também, a influência metafísica de Giorgio de Chirico e do cubismo de Picasso. Seus temas remetem-se sempre à figura humana: retratos, auto-retratos e nus. Não se interessou pelos temas nacionais, indígenas e afro-brasileiros, que considerava regionalistas e limitados. Dedicou-se a várias técnicas aplicadas em desenhos e ilustrações de livros. Foi, também, cenógrafo. Em 1929, depois de uma viagem à Argentina e Uruguai, um diagnóstico revelou que ele era portador de tuberculose, o que o levou a internar-se num sanatório pelo período de dois anos. Saiu de lá aparentemente curado porém, em 1933, a doença voltou de forma irreversível. A partir daí, suas figuras tornaram-se mais viscerais e mutiladas. Morreu em 1934, aos trinta e três anos de idade, no Rio de Janeiro. Foi enterrado vestindo um hábito dos franciscanos, numa homenagem dos frades à sua ardorosa fé católica. A obra de Nery permaneceu ignorada do público e da crítica até 1965, quando teve seu nome inscrito na 8ª Bienal de São Paulo, na Sala Especial de Surrealismo e Arte Fantástica. Suas obras foram expostas também na 10ª Bienal de São Paulo. Foram feitas retrospectivas em 1966, no Rio de Janeiro, e em 1984, no MAC-USP (Retrospectiva Ismael Nery - 50 Anos Depois).
Ismael Nery - Sérgio Santeiro - 1979 - 7min.
Heitor Villa-Lobos - Estudo N* 10 - 4min
Ismael Nery - Surrealismo -
Ismael Nery - 4min
Nery, Ismael (1900 - 1934)
BiografiaIsmael Nery (Belém PA 1900 - Rio de Janeiro RJ 1934). Pintor, desenhista, poeta. Muda-se ainda criança para o Rio de Janeiro onde, em 1917, matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Viaja para França em 1920 e freqüenta a Académie Julian. De volta ao Rio de Janeiro, no ano seguinte, trabalha como desenhista na seção de Arquitetura e Topografia da Diretoria do Patrimônio Nacional, órgão ligado ao Ministério da Fazenda. Lá conhece o poeta Murilo Mendes (1901 - 1975), que se torna grande amigo e incentivador de sua obra. Em 1922 casa-se com a poeta Adalgisa Nery (1905 - 1980).
Ismael Nery aplica à sua produção os princípios do Essencialismo, sistema filosófico que ele mesmo cria. Segundo Murilo Mendes, esse sistema diz respeito às concepções do artista sobre a abstração do tempo e do espaço. Em 1927, novamente na França, conhece Marc Chagall (1887 - 1985), André Breton (1896 - 1966) e Marcel Noll. A volta ao Brasil marca a fase surrealista de sua obra, a princípio por influência de Chagall. Em 1930, contrai tuberculose. Enfermo, seus trabalhos passam a revelar seu drama pessoal e a fragilidade do corpo. Falece aos 33 anos. Em 1948, uma série de artigos de Murilo Mendes publicados nos jornais O Estado de S. Paulo e Letras e Artes busca resgatar a obra plástica, literária e filosófica do artista. Esquecido, Ismael Nery, passa a ser valorizado em meados dos anos 1960 com exposições realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Comentário CríticoIsmael Nery é uma das personalidades mais inquietas do modernismo brasileiro. Dedica-se à pintura e ao desenho, sem nunca delimitar seu campo de atuação. Assim, também produz poemas e elabora reflexões teóricas. Em vida, não se define como artista plástico. Mário Pedrosa (1900 - 1981), crítico de arte e amigo de Nery, lembra que ele "nunca quis ser artista profissional".1 Sua pintura aparece como um nicho onde ele formula parte de suas reflexões metafísicas, uma materialização de suas idéias sobre o que era necessário a todos os homens, universalmente, independentemente da época e do lugar.
Ismael Nery nasce em Belém. Ainda na infância, muda-se para o Rio de Janeiro. Tudo indica que se aproxima das artes na juventude. Provavelmente, freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes - Enba, entre 1915 e 1916. É certo que em 1918 está entre os alunos matriculados na instituição. Nesse período, dedica-se à cópia em gesso de esculturas da Antigüidade greco-romana e, por meio delas, desenvolve interesse pela figura humana, tema que iria tomar a maior parte de suas inquietações artísticas. Na Enba faz aulas com Henrique Bernardelli (1858 - 1936), cujos incentivo e elogios o animam a seguir estudando arte.
Em 1920, Nery vai a Paris para estudar. Permanece na Académie Julian por três meses. Na Europa entra em contato com o modernismo. Examina os quadros de artistas cubistas como Pablo Picasso (1881 - 1973), Georges Braque (1882 - 1963), André Lhote (1885 - 1962), Fernand Léger (1881 - 1955) e Jean Metzinger (1883 - 1956). Durante a sua permanência, pode conhecer boa parte da tradição artística do velho continente. Além da Escola de Paris, tem grande interesse pelo expressionismo alemão. Na Itália conhece as obras dos mestres do Renascimento e torna-se admirador da pintura do período. Devota-se, sobretudo, a Ticiano (ca.1488 - 1576), Tintoretto (1519 - 1594), Paolo Veronese (1528 - 1588), Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564) e Rafael (1483 - 1520). Tem interesse também por artistas italianos modernos, como Giorgio de Chirico (1888 - 1978).
Ao voltar para o Brasil, em 1921, é nomeado desenhista na seção de Arquitetura e Topografia da Diretoria do Patrimônio Nacional, órgão ligado ao Ministério da Fazenda. Lá conhece e se torna amigo do poeta Murilo Mendes (1901 - 1975), um dos seus grandes incentivadores. Um ano depois, casa-se com poetisa Adalgisa Nery (1905 - 1980), musa de suas principais pinturas. Apesar de já trabalhar com formas modernas, seu assunto o diferencia do modernismo brasileiro da Semana de Arte Moderna de 1922. O artista não tem gosto por temas nacionalistas. Seus personagens aparecem em cenários imaginários, avessos a qualquer referência reconhecível. Ele trata, basicamente, da figura humana, idealizada, a serviço de uma figuração simbólica. Neste período, faz retratos, como as obras Retrato de Murilo Mendes (1922) e A Espanhola (1923). A relação entre as partes claras e as partes escuras é bastante marcada.
Nery, IsmaelNu Ajoelhado , ca. 1925
óleo sobre papel, c.s.d.
70 x 36 cm
Coleção Ricardo Akagawa (São Paulo SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
ISMAEL NERY (1900, Belém, PA - 1934, Rio de Janeiro, RJ)
Ismael Nery, posteriormente, dá tratamento mais geométrico a suas figuras. Em 1924, aproximadamente, compõe seus personagens com cilindros e formas ovais. Os homens e mulheres se tornam mais alongados e estruturados. Dão a impressão de formas ideais, fora do tempo e do espaço. Ao seu expressionismo é somada a influência cubista. Na época a casa do artista se torna um ponto de encontro de artistas e intelectuais cariocas. É freqüentada, entre outros, por Mário Pedrosa, Murilo Mendes, Guignard (1896 - 1962) e Antonio Bento (1902 - 1988).
Em torno de 1926, expõe a alguns desses amigos a sua doutrina: o essencialismo. Um conjunto de princípios, ligados ao seu humanismo cristão, que seria a síntese de suas reflexões. Em 1927, Nery parte, com a esposa e a mãe, para a Europa, onde convive com Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959) e conhece André Breton (1896 - 1966), Marc Noll e Marc Chagall (1887 - 1985). A viagem influencia profundamente sua pintura. Ele volta particularmente impressionado com o trabalho de Chagall que seus temas e personagens, a partir daí, aproximam-se dos do artista russo.
Os corpos são pintados com cores mais vivas e aparentam mais leveza. A ação das suas pinturas ocorre em um plano onírico. No entanto, este tratamento se dá com base em relações que Murilo Mendes chama de "absolutas, definitivas e eternas",2 derivadas do essencialismo de Ismael Nery. A partir de 1930, é constatada sua tuberculose e isso se reflete em suas pinturas. Suas figuras se tornam esgarçadas, aparecem com as vísceras abertas. Os personagens surgem em cenários vazios, nitidamente influenciados pela pintura metafísica italiana. Os personagens agora são flagelados e feridos. O trabalho incorpora o tema da morte.
Daí em diante o artista trabalha menos. No entanto, sua produção tem maior projeção. Antes disso, em 1929, Ismael Nery faz as suas únicas exposições individuais, a primeira em Belém e a segunda no Rio de Janeiro. Não chega a ter grande receptividade, mas consegue expor numa coletiva de pintura brasileira em Nova York e participar de importantes salões, como o Salão Revolucionário, no Rio de Janeiro, em 1931, e a Exposição de Arte Moderna da SPAM, em São Paulo, em 1933.
Doente, apesar de uma rápida melhora em 1933, Ismael não resiste e morre, vitimado pela tuberculose, em 1934, num mosteiro franciscano. O reconhecimento ao seu trabalho ocorre postumamente, após sua participação nas Bienais de 1965 e 1969 e de retrospectivas em 1966, no Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ e na Petite Galerie.
Notas1 PEDROSA, Mário. Semana de arte moderna. In: ______. Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III. São Paulo: Edusp, 1998. p.152.2 MENDES, Murilo. Recordações de Ismael Nery. São Paulo: Edusp. p.27
Nery, IsmaelAuto-Retrato - Toureiro , 1922
óleo sobre tela e madeira
32,5 x 24,7 cm
Coleção Chaim José e Regina Hamer (São Paulo) Reprodução Fotográfica Gráficos Brunner Ltda
Nery, IsmaelCasal [com Entrada da Baía do Rio de Janeiro ao Fundo] , 1932
nanquim e aquarela sobre papel
49,7 x 42,5 cm
Coleção Vilma e Rodolpho Ortenblad Filho Registro Fotográfico Sérgio Guerini/ Itaú Cultural
Nery, IsmaelCasal Elegante , déc. 1920
lápis sobre papel
36 x 27,3 cm
Coleção Vilma e Rodolpho Ortenblad Filho Registro Fotográfico Sérgio Guerini
de 1924 a 1927, a fase Cubista, com evidente influência da fase azul de Pablo Picasso;
Nery, IsmaelRetrato de Adalgisa , 1924
óleo sobre tela
39,5 x 32 cm
Coleção Particular Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAuto-Retrato [Homem de Chapéu] , s.d.
óleo sobre cartão sobre madeira, c.i.d.
39 x 29,9 cm
Coleção Chaim José Hamer (São Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelFigura com Cubos , s.d.
óleo sobre tela, c.i.d.
76 x 57,5 cm
Coleção Alberto Samaja (São Paulo, SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAdalgisa e o Artista , 1930
óleo sobre tela, c.s.e.
78,5 x 69,8 cm
Coleção Nemirowsky Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, Ismael
Eva , 1923
óleo sobre tela 51 x 36 cm
Coleção Bejamim Fleider (São Paulo, SP)Reprodução fotográfica Romulo Fialdini 0
Nery, IsmaelRetrato de Murilo Mendes , 1922
óleo sobre cartão, c.i.d.
33 x 24 cm
Coleção Particular Reprodução fotográfica Gráficos Brunner Ltda
Nery, Ismael
Andrógino , s.d.
Aquarela sobre papel, c.i.e.
27 x 18,5 cm
Coleção LuisFernando Nazarian(SãoPaulo, SP)Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
de 1927 a 1934, fase do Surrealismo, sua fase mais importante e promissora.
Nery, IsmaelCasal II , s.d.
guache sobre papel, c.i.d.
21 x 13 cm
Coleção Artur Otávio C. Pacheco (São Paulo SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelEssencialismo , ca. 1931
óleo sobre tela, c.i.d.
72,3 x 37,5 cm
Coleção Chaim José Hamer (São Paulo SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelFigura em Azul , 1922
óleo sobre cartão
39,4 x 29 cm
Coleção Particular Reprodução fotográfica César Barreto
Nery, IsmaelDuas Figuras , ca. 1927
óleo sobre cartão sobre madeira, c.i.e.
34 x 26 cm
Coleção Sergio Sahione Fadel Reprodução fotográfica César Barreto
Nery, IsmaelVisão Interna - Agonia , ca. 1931
óleo sobre cartão, c.i.e.
71 x 48 cm
Coleção Chaim José Hamer, (São Paulo SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAuto-Retrato - Cristo , ca. 1923
óleo sobre tela colada em madeira
32,7 x 23,8 cm
Coleção Chaim José Hamer (São Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAuto-Retrato com Adalgisa , s.d.
óleo sobre tela
34,8 x 26,9 cm
Coleção Particular Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAmantes [Duas Figuras] , 1924
óleo sobre tela
44,7 x 36,5 cm
Coleção Veridiana Prado (São Paulo SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelO Ato , ca. 1927
aquarela sobre papel preto
31,8 x 24,4 cm
Coleção Particular Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelEternidade , ca. 1931
óleo sobre cartão, c.i.d.
59,1 x 50 cm Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelDuas Irmãs , ca. 1924
óleo sobre papelão, c.s.d.
40,3 x 32,8 cm
Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros - USP Reprodução Fotográfica Rômulo Fialdini
Nery, IsmaelFigura , ca. 1927 - 1928
óleo sobre tela, c.s.e. 105x69,2cm
Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelPerspectiva Abstrata , 1927
óleo sobre cartão sobre celotex, c.s.d.
53,5 x 44,5 cm Coleção ParticularReprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelOrigem Nº 4 - Etapa Final , s.d.
aquarela e lápis sobre papel, c.i.e.
31,7 x 27,4 cm
Coleção Chaim José Hamer (São Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAuto-Retrato , 1927
óleo sobre tela
129 x 84 cm
Coleção Domingos Giobbi (São Paulo SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelO Encontro , 1928
óleo sobre cartão, c.s.d.
46,6 x 55,5 cm
Coleção Chaim José e Regina Hamer (São Paulo, SP) Reprodução fotográfica Gráficos Brunner Ltda
Nery, IsmaelO Luar (Dois Irmãos) , ca. 1925
óleo sobre cartão
45,5 x 37,5 cm
Coleção Ademaro Guidotti (São Paulo, SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelDuas Figuras em Azul , 1926
óleo sobre tela, c.i.d.
45,3 x 33,5 cm
Coleção Nemirovsky (São Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelNu no Cabide , ca. 1927
óleo sobre cartão, c.i.d. 55x46cm-Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. Palácio Boa Vista (Campos do Jordão, SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelNu Feminino , 1925
óleo sobre tela
76 x 41 cm
Coleção H. Lutterbach, RJ Reprodução fotográfica César Barreto
Nery, IsmaelDuas Figuras , 1920
óleo sobre cartão
40,5 x 32,5 cm
Instituto Moreira Salles (Bela Vista, São Paulo, SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAuto-Retrato , s.d.
óleo sobre compensado
35,5 x 27,5 cm
Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros - USP Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelMorte de Ismael Nery , ca. 1932
aquarela sobre papel, c.s.d.
17,5 x 27 cm
Coleção Particular Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelDois Amantes , 1924
óleo sobre tela, c.s.e.
43 x 32 cm
Coleção Oscar Americano Neto (São Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdin
Nery, IsmaelA Espanhola , 1923
óleo sobre papel
44 x 33 cm
Coleção Mirantes das Artes Reprodução fotográfica Gráficos Brunner Ltda
Nery, IsmaelDuas Figuras , ca. 1924
óleo sobre cartão, c.i.d.
44,5 x 37 cm
Coleção Rubens Schahin (São Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAnunciação , 1930
óleo sobre madeira
32,1 x 40,4 cm
Coleção Gianni Samaja (São Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelComposição Surrealista , 1929
óleo sobre tela, c.i.e.
67 x 56,5 cm
Coleção Particular Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelFiguras Sobrepostas , 1926
óleo sobre cartão, colado em madeira, c.s.d.
40,8 x 32,8 cm Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelComposição com Figuras , 1926
óleo sobre tela-cartão
35 x 27 cm
Coleção Domingues Giobbi Reprodução Fotográfica Gráficos Brunner Ltda
Nery, IsmaelFigura Feminina , s.d.
óleo sobre cartão sobre madeira, c.s.e.
34 x 26,5 cm
Coleção Particular
Nery, IsmaelDuas Figuras - João Batista e Figura Feminina Helênica , ca. 1931
óleo sobre cartão sobre madeira, c.i.e.
43 x 53 cm
Coleção Particular Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelRio de Janeiro , s.d.
aquarela sobre papel, c.i.e.
20 x 25,4 cm
Coleção Chaim José Hamer (São Paulo, SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelAmparo , 1927
óleo sobre cartão, c.s.e.
45,1 x 37,2 cm
Coleção Chaim José Hamer (São Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelFigura Decomposta , 1927
óleo sobre tela
42 x 47,5 cm
Coleção Yara e Roberto Baumgart (São Paulo, SP)
Nery, IsmaelNu (adolescente) , s.d.
óeo sobre tela
113 x 58 cm
MAB-FAAP (São Paulo, SP) Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelSem Título , início da déc. de 1920
nanquim e aquarela sobre papel, c.i.d.
51,5 x 36,5 cm
Coleção Vilma e Rodolpho Ortenblad Filho Registro Fotográfico Sérgio Guerini/ Itaú Cultural
Nery, IsmaelComposição Surrealista , 1928
óleo sobre cartão, c.i.d.
34 x 26 cm
Coleção Particular Reprodução fotográfica César Barreto
Nery, IsmaelRetrato de Adalgisa , 1924
óleo sobre tela
39,5 x 32 cm
Coleção Particular Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelDuas Mulheres , 1926
óleo sobre cartão, c.i.d.
45,1 x 37,2 cm
Coleção Chaim José e Regina Hamer (são Paulo, SP) Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelRetrato de Foujita , déc. 1930
aquarela sobre papel, c.s.d.
33,5 x 28 cm Coleção Isaac Krasilchick (São Paulo SP)
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Nery, IsmaelHomem Cubista , 1928
óleo sobre tela-cartão
35 x 26 cm
Coleção Particular Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Ismael Nery
Pintor paraense (1900-1934). Considerado o precursor do surrealismo no Brasil, influencia os pintores Di Cavalcanti e Portinari, entre outros expoentes da pintura nacional. Nasce em Belém, mas vive desde criança no Rio de Janeiro, onde cursa a Escola Nacional de Belas-Artes. No início de sua produção, é nítida a predominância do expressionismo.
Mais tarde passa por uma fase cubista. Viaja para Paris em 1920 e estuda na Académie Julien. De volta ao Brasil dois anos mais tarde, casa-se com a jornalista e escritora Adalgisa Nery, uma de suas modelos preferidas.
Em 1927 entra em contato na Europa com os surrealistas e sofre influência marcante das figurações oníricas de Marc Chagall. Com uma pequena produção de óleos, aquarelas e desenhos, tem sua arte valorizada mais de 30 anos após sua morte, com uma exposição na 8ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo (1965).
Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Dois Amantes, Casal, Homem com Foice, Mulher e Cão, Duas Figuras e Paisagem com Casas. Ainda jovem, morre no Rio de Janeiro.Fontes: conteudo@algosobre.com.br
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